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"Havia uma corda bamba. Erguida e estendida em tudo aquilo infinito que não se podia ver ou perceber. Era uma imensidão sem fim ou come...

"Havia uma corda bamba. Erguida e estendida em tudo aquilo infinito que não se podia ver ou perceber. Era uma imensidão sem fim ou começo aparente. Reta, as vezes torta. E lá estava ele em cima dela. Descalço e se equilibrando de pé.
Não dava para saber a qual altura mas, não havia chão aparente abaixo de si.
Horas e dias, meses e anos. Relógio que não para e a cada momento o peso do seu próprio corpo começava a ferir seus pés. Ventania e tempestade. A corda amolece e depois enrijese. Balança. E o equilíbrio começa a custar muito. 
Ele continua a se equilibrar mas a gravidade parece querer lhe puxar. O vento parece querer lhe derrubar. Seu próprio peso cada dia mais pesado começa a afundar sua pele, carne - suas solas dos pés cada vez mais fundo na corda. Manter -se ali parece impossível mas, ele se mantinha.
Tudo que ele queria porém ela poder sentir a corda arrebentar de vez ou deixar - se ceder sobre seu peso e cair no esquecimento. No silêncio..."

Há dias bons. E há dias ruins. Hoje é um dia ruim. Um dia que cansado demais os pensamentos atormentam mais do que distraem. Noite desper...

Há dias bons. E há dias ruins. Hoje é um dia ruim.
Um dia que cansado demais os pensamentos atormentam mais do que distraem.
Noite desperto, sem conseguir dormir, ainda que exausto. A dor acumula e martela todo o corpo.
E então o impulso nos faz levantar da cama quente e enfrentar o frio para tentar transmitir em palavras o que atormenta. Nunca tem sido tão duro viver.
Os sons da casa se espaçam, entre o respirar falho, entre um ronco, entre um sussurrar qualquer. La fora, um carro, alguns passos. O soalho parece ranger descompassado também. Os ponteiros do relógios da cozinha parecem um réquiem ruim.
Cada filete de luz que vem pela janela, ou com o gélido vento surge como um pendulo pronto para a hipnose. E as palavras de fato, cuspidas como se quer não surgem.
E então vem pequenas lagrimas teimosas, um nariz que entope pela umidade de emoções e sentimentos que não se quer sentir. Não pode. Não deve. Enlouqueceria. Ou já estaria louco quem sabe.
Passam-se as horas e minutos, a garganta começa a protestar pela friagem. O que importa?
A tontura vai diminuindo e dá lugar a uma queimação incomoda nas paredes do estomago.
Quem dera pudesse dormir sem sonhar e jamais acordar. E que isso não atrapalhasse o curso da Terra em volta. Mas não tinha como ser assim.
Pensando em seus personagens preferidos desde a infância notou que sempre teve uma disposição aos mais sofredores. Não os vitimistas - como passou a odiar tal palavra -, mas aqueles a quem os obstáculos surgiam mias altos, mais maciços, mais duradouros.
Os Miseráveis e Vidas Secas. Victor Hugo e Graciliano Ramos Ramos entenderiam... Amy Winehouse pagaria uma dose num bar com certeza...
Entupido. Essa é a sensação mais próxima. Querer liberar aquilo que esta sujando e atrapalhando.
E Cala, e aguenta, e resiste. E entoa: resiliência. Para todos tudo esta assim.
E pensa e pensa e pensa e pensa. E esconde e esconde e esconde... E de repente se sente idiota por desejar de verdade feito quem espera a fada dos dentes que caem; que pudesse crer que ainda tem sete anos de idade e não vinte anos a mais, para ser resgatado e salvo por um herói de capa, espada, escudo e cedro qualquer dos quadrinhos e desenhos animadas que tanto amava ler e assistir sentado na sala, ou agachado na cama com uma lanterna improvisada tarde da noite. O tempo passou.
O menino que hoje é homem velho demais para aceitar ser, que sempre soube ouvir, já não aguenta mais ouvir.
O garoto contestador que sempre imaginou ser mais que a visão alheia pudesse ver, e hoje já não quer ser mais visto ou ver.
Feito fita cassete, só queria poder rebobinar a própria vida, as próprias magoas e dores, desprender as próprias feridas e evitar as multas de atrasos. Só queria permanecer quem sabe sendo aquela tela verde ou preta do fim das historias que tanto assistia, quieto ao fundo carregando os créditos que sobem ou descem rumo ao final de esquecimento. Fita que acaba. Mas, parece que seu vídeo cassete esta empoeirado. E tudo que cresce ensurdecedor é o chiado cinza da TV sem nada. Um saco.
E amanhã, ou assim que a luz do dia resolver dar as caras, ele vai fingir normalidade. Como sempre. Como deve ser.
Feito o melhor dos atores que nunca recebe seu Oscar, que nunca abandona seu papel. Feito 'Stanislavski' que está pregado no palco sem cortinas para esperar fechar.
Sem aplauso ou vaia. Seguindo ate onde consiga chegar...
Definitivamente hoje é um dos dias ruins.
Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.