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Beije-me. Beije-me com teu corpo. Beijei-me com teu prazer. Beije-me com teu impulso e gozo. Beije-me com seus lábios Beije-me, Beije...

Beije-me.

Beije-me com teu corpo.
Beijei-me com teu prazer.
Beije-me com teu impulso e gozo.
Beije-me com seus lábios

Beije-me, Beije-me.

Beije-me com delicadeza e aspereza
Beije-me com calor e com frieza
Beije-me por um instante ou um longo outono
Mas beije-me.

E beije-me com seu coração.
Beije-me raso e profundamente
Beije-me de lado, de cabeça pra baixo, de costas e de frente
Beije-me na chuva, na rua, em frente ao mercado e no ponto de ônibus.
Beije-me

Beije-me com seu ser mais úmido e doce, ainda que amargo.
Beije-me de surpresa ou de artificio planejado.
Beije-me com seus pudores
Mas beije-me.

E beije-me com a respiração acelerada, mesmo que ela não consiga mais existir
Beije-me de olhos abertos para que eu desvende seus ancestrais nas cores de sua retina
Beije-me. Simplesmente beije-me.

Beije-me sem medo...

Às vezes, o corpo se torna uma prisão.  Prisão de alma.  Prisão de ventre.  Prisão de obrigações.  Prisão de sentimentos.  Gaiola...

Às vezes, o corpo se torna uma prisão. 




Prisão de alma. 
Prisão de ventre. 
Prisão de obrigações. 
Prisão de sentimentos. 
Gaiola dourada que aprisiona o pássaro azul. 
Às vezes, parece que a vida, nos encarcera dentro de nós mesmos. 
Entre mãos e mentes, viramos pugilistas contra algo dentro de nos.
Nus, despidos, Roxos. 
Feito flor morta, despedaçados perdendo o perfume, e no lugar exalando o fedor de estar vivo sem estar de fato.
De round em round, de soco em soco, de mordida em mordida, de corrente em corrente, esperamos a redenção do julgamento que a sobre-vida quer nos fazer encarar. 

Não sei quem é a corte, quem é o juiz. 
Réu confesso ou sem saber de nada, às vezes, parece que somos colocados numa prisão. 

Prisão de mim.




SOBRE O ENSAIO: 

Certa vez escrevi sobre minha teoria de que artistas são antenas. São baterias.
Artistas são seres humanos que vieram à Terra com o dom ou a maldição - ou para fins práticos, habilidade - de serem sensíveis as coisas inexplicáveis, impalpáveis e não formuladas da vida.
Aristas possuem uma espécie de antena que capta frequências soltas nesse plano que chamamos de existência, e quando tomam consciência disso, a transformam através de seu corpo, mãos, mentes, vozes, em algo, que seja palpável aos olhos, aos sentidos, aos ouvidos.
Somos fios que transportam esses mistérios da vida.
Quando o artista não consegue por pra fora, não consegue meio de expressar tudo isso que capta e que sente, ele sufoca. Como uma bateria que vai se enchendo de energia ruim e boa que seja, mas não consegue extrair. Vamos enchendo, enchendo, suportando, sentindo, guardando, ate um ponto que tudo aqui dentro implode.
A maioria dos artistas, por isso, precisam de escapes da realidade para não sucumbirem. O corpo humano comum,precisa de 6 a 8 horas de descanso. Para mente e físico. Artistas não possuem essa possibilidade. Por que o corpo é instrumento, que não deixa de ser usado nunca. Uns chama de fardo, outros de benção. Eu não chamo de nada. Eu apenas aceitei quem eu sou.
Esse escape vem de diferentes formas. Uns investem em amores, outros em prazeres carnais. A maioria no álcool. Nos entorpecentes. Tudo que os faça não sentir, não captar demais. Não racionalizar. Não transmutar isso tudo que transcende. Daí a maioria dos artistas sofrerem de doenças sem cura e de âmbito tão sensível à medicina e a vida, as emoções que se tornam os únicos 'doentes', cujo o único remédio são eles mesmos. (sempre precisando de ajuda quando isso os cabe claro). depressão. Ansiedade. Transtornos mil. Solidão. Antissociabilidade. Alcoolismo. Dependentes Químicos. Estressados. Estranhos.
Eu capto. Eu sensibilizo. Eu sou.
Minha forma de expressar tudo que esta aqui dentro e em volta sempre foi a escrita.
Escrever tudo que perpassa feito lâmina, sempre foi fácil e natural - o exercício, a ação. A formulação, a criação, e principalmente o saber lidar com o que sai da mente, do sensível para o real, pro papel, para a rede, sempre foi mais tenso. Mais doloroso.
As vezes é apenas uma frase. Às vezes uma palavra. Feito parto, dói, cansa. Mas alivia.
No entanto, há duas formas de lidar com isso. Para uns, é escrever para si mesmo. É incindir luz sobre o monstro debaixo da cama, para si mesmo. Ao enxerga-lo, transforma-lo numa coisa normal, sem temores. Sem incômodos. (auto conhecimento). Para outros - e para mim -, apenas iluminar o monstro não adianta. Preciso do olhar do Outro. Preciso da afirmação.
É como se minha antena transmitisse as coisas e eu precise que alguém assista. Caso o contrario, não consigo ver sentido em transmitir algo que nunca jamais verá.
Não me basta tirar a dor. Preciso ver ela, e entende-la ao ver como e se o Outro a enxerga também. A sente também.
No entanto, esse ano tudo mudou. Venho repetindo continuamente que este é o pior ano de toda a minha vida. Dor, perda, dificuldades, mortes, sangramentos, acidentes, medos. Depressão e Ansiedade rondando o que já esta desgastado.
Com isso, mudou também meu instrumento de expressão. Continuo antena, mas sem receptor para transmitir tudo que to afogando, sufocando.
To bateria prestes a implodir.
Isso por que, antes, minhas palavras me libertavam, pois era um pedaço meu que se esvaia por entre os dedos. Um pedaço - impalpável - de quem eu sou, que se tornava real, e assim inofensivo. O que é real se torna matéria, e toda matéria pode ser destruída ou moldada. Tudo que se escreve é parte de quem escreve.
Mas agora, o que anda me matando. Me implodindo, não é empírico. É físico.
Pela primeira vez, não preciso me reconhecer - como lido com as selfies por exemplo, com os textos -, preciso deixar de ser quem eu sou. De quem eu to. De quem eu estou. Aquilo que esta aqui dentro, que a antena esta captando não pode apenas passar. é como se a carga fosse demais para meus fios finos de cobre torcidos.
Não estou mais suportando ser eu - e não é questão de identidade. De ser Ser. É de Estar. -. preciso escapar de mim. Escapar da corrente sanguinia. Da carne, do osso, da medula. Nos nervos, dos Glóbulos brancos e vermelhos. Da massa cinzenta. Da pele.
Assim, pela primeira vez, a unica forma que encontrei e penso, é corpo. Arte corporal.
As letras não são suficientes no meu hoje. E agora, quanto a isso, tudo bem.
Mas, como escapar do próprio corpo?
Quando a prisão é você mesmo, como lidar? Como expurgar? Como aliviar?
Há artistas que encontraram a resposta. Mas a definitiva. Pra mim, nada fechado serve. Sou mutável, minha arte precisa também ser.
Assim, nu. O estar, prostrar-se, apresentar-se, colocar-se nu. Exposição.
Aquilo que mais causa fragilidade nos humanos, que mais assusta, que mais constrange. Aquilo que mais preciso me livrar. Não posso desaparecer, me livrar do corpo. Então o exponho. Subverto o demônio. Feito veneno de cobra. Pego o próprio veneno para produzir a cura.

Sobre isso que trata 'NUanças'. É expor aquilo que me machuca. Expor a fragilidade insegura, para adquirir segurança. Segurança aos olhos do Outro.
Expor para deixar de ser.
Quando não se preserva, se deixa de ser.
Ando precisando deixar....

#ensaio2pontozero #nakedart #art #contraluz #prisaodemim #nuanças










Retrata.  Se retrata.  Não tem culpa.  Culpado.  Tato.  Tateia  pela porta.  Auto.  Retra.  Sem regra.  Retrátil. A ...

Retrata. 
Se retrata. 
Não tem culpa. 
Culpado. 
Tato. 
Tateia 
pela porta. 
Auto. 
Retra. 
Sem regra. 

Retrátil.
A ata. 

Trata. 
Ata.
Reta.
E retrata. 
Tratando...

"Todas as palavras, sem sentido algum Pegue o dicionário Chega de zum zum zum Zíngaro, Zás, zarpar Onde posso encontrar Pal...


"Todas as palavras, sem sentido algum
Pegue o dicionário
Chega de zum zum zum
Zíngaro, Zás, zarpar
Onde posso encontrar
Palavras paralelas que possam me salvar?"

"Abro os poros.  Choro com o corpo.  Limpa o que suja e  fede e  mancha  e dói.  Seca.  E recomeça mais uma  vez...&qu...

"Abro os poros. 
Choro com o corpo. 
Limpa o que suja e 
fede e 
mancha 
e dói. 
Seca.
 E recomeça mais uma 
vez..."

Ruídos.  É madrugada.  Mais uma. Uma mais de tantas outras, tantas essas. As madrugadas nunca são feitas de silêncios de fato. Nunca são ...

Ruídos. 
É madrugada. 
Mais uma.
Uma mais de tantas outras, tantas essas.

As madrugadas nunca são feitas de silêncios de fato. Nunca são feitas de solidão. 
Ainda que sozinho, companhia: os ruídos.

Pelo reflexo da madeira no batente na cama, a face ganha ares de terror. Só impressão. Ilusão.
Clica e tica tempo após tempo. E nada de sono. Ou na verdade, tudo dele. Todo ele, mas sem te-lo. Nada.
Insônia, nome que não comporta o que significa. Que não encerra o que mantém começado. Outra madrugada à espera.
Uma conversa, um desejo, uma expectativa, uma irritação, uma teoria, um talvez, uma possibilidade, um 'dê', um 'se'. Uma frustração, um punho fechado, uma ansiedade seguida de o que ta acontecendo por ali (?).


Reflexo e ilusão. Tudo questão de perspectiva e disposição - diriam uns: exposição; talvez -.
Saber não ser e, mesmo assim, ser o que quer que seja, ser. 

Jogo de palavras assim. Flerta. 
Merda!
Tudo como ruídos. Não é barulho, não e som. Mas, não é silêncio. Não é vácuo.
É ruído. Fissura que não é corte e não é intacto.
É coisa de morno. Que por aqui no cinza é quente e no verde é morno somente. Talvez frio, kapaz.
E espera. 


Retorce para não admitir torcer, que seja pomba branca e não abutre
Que seja 'algo' e não 'apenas'.


Espera, por que atrasou para deixar ir, e mesmo sem perceber foi, e logo chegou. E de janela em janela, de até em até, aposta no ponto e vírgula e astéricos, para contrapor o abraço exclamado.
Quem sabe... 


Quem sabe realmente seja uma fissura morna repleta de ruídos.
Ou quem sabe, seja um buraco fundo, um corte fervente de cantos e silêncios alternados. Mas que não afunde, apenas comporte.


Dentre todos os ruídos, dentre todas as esperas, quem sabe um ponto e vírgula cheio de asteriscos... Quem sabe...


;**

Quem sabe sou eu que escondi desejos debaixo de algum colchão Quem sabe fui eu que perdeu esperas em algum relógio de parede. Quem sabe fui ...

Quem sabe sou eu que escondi desejos debaixo de algum colchão
Quem sabe fui eu que perdeu esperas em algum relógio de parede.
Quem sabe fui eu que inventou e não deixou existir.
Quem sabe eu não mordi os lábios e fiz sangrar.
Quem sabe não sou eu que fui medo que te fez tremer.
Quem sabe não fui eu que penei um julgamento ganho.
Quem sabe não foi eu que gritei. Quem calou.
Que sabe, não foi eu...
Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.