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""Um maremoto atrás do outro", como disse a canção. Mas, quando a gente passa por isso, sobra a cicatriz e a fortaleza. &quo...

""Um maremoto atrás do outro", como disse a canção. Mas, quando a gente passa por isso, sobra a cicatriz e a fortaleza. "" 

Essa citação me fez pensar em todo um ano de transformações e escolhas. Em todo um ano de perdas e ganhos e decisões absolutas e definitivas – por hora – que a vida me presenteou e sentenciou.
Dois mil e treze foi um ano estranho para mim. Não foi de todo ruim, mas foi estranho. Foi um ano, que pela primeira vez, comecei a de fato me reconhecer como individuo. Que me desfiz de laços que não me uniam, mas só me sufocavam e apertavam. Um ano, em que a insegurança de Ser, deu vazão a segurança de me colocar a Ser de fato. Sem copias ou escaneamentos.

Assim, Dois mil e catorze, se mostrou resiliente, em toda sua vasta gama de mostrar que sim, eu existo além de mim mesmo.

E tenho andado pelas ruas turvas, consciente de que sou plural, e que todo o vento que me atinge, só irá me trazer frio ou refrescância, dependendo do que eu decidir querer experimentar.

Parece balela de excalibur, de auto-ajuda feito O segredo ou ainda, ramificações de mitologias a lá Fênix renascida. Frases de Facebook... Mas é um fato.

Pela primeira vez desde que me reconheço como Will, tenho plena segurança de ser quem eu sou. Sem medos de julgamentos, sem medos de caças, sem medos de olhares e dedos apontando. Pela primeira vez, vi que a altura e estar de pé são melhor para mim do que permanecer deitado e escondido.
Permaneço em minhas sombras, mas finalmente perdi a fotofobia pela luz da vida.
Hoje, me assumo a mim, tal qual a imagem que o espelho e a câmera fotográfica me mostram. Assumo as espinhas, as costas curvas, os ossos a mostra, a pele escura, as limitações orgânicas, a saúde frágil, as mudanças de humor e as fortalezas provenientes de tudo isso, sem rancor. Mas também sem ‘deixar para lá’.

Ando e caminho de acordo com minhas vontades, fazendo tudo aquilo que quero fazer. Me arrependendo quando perceber que devo arrependimentos e usando eles para testar de novo, falhar se for o caso, crescer, caminhar, construir um novo caminho sem esperar que surja um pronto pela frente ou pelos lados.
Deixei de ser o que segue e o que acompanha. Hoje, sou o que chamo a galera para caminhar junto, se assim ‘essas’ quiserem e puderem.

Hoje enxergo cada vez mais a beleza que meus olhos castanhos possuem, sem autoafirmação, mas com confirmação.
O sexo, a opinião, a relação. Ate as dores que nunca se escassa – e ainda bem – estão mais doidas, mais latentes, mais sangrentas. Mas aprendi a saborear o gosto desse sangue, dessa casca que cai. Entorpecer pela dor, e não pela escassez dela. Morfina já não me serve. Quero sentir.

Meu passo esta largo e longo, refletindo e decorando cada cicatriz deixada pelo caminho.
Se o maremoto retorna, não vou correr ou fugir. É só tirar a roupa para não encharca-la e me preparar para dar um mergulho ate o fundo desse oceano. Abraçar seu caos, sua escuridão e mistério; e de lá, sair fortalecendo os músculos e a respiração calma pelo nado, levantando na margem, sem auxilio de barco ou porto, me secando ao novo sol que se apresentar quente – ou frio.
Ainda sou eu mesmo, mas com se antes eu clamava por unilateralidade, hoje me entrego por escolha a Pluralidade.

Ou melhor; não, o ‘ainda’  não cabe nessa nova equação; afinal, se antes o ensaio era apenas uma projeção do que eu tentava e imagina ser, hoje, a estreia e execução, é tudo e simplesmente aquilo que realmente sou; e que esta nascendo entre choro, grito e curiosidade pro mundo.

"Nós todos estamos na beira de um penhasco.

Todo o tempo, todos os dias.
Um penhasco que todos iremos pular.
Mas nossa escolha não é sobre isso.
A escolha é se queremos ir a força e gritando
Ou se queremos abrir nossos olhos e corações
para ver o que acontece enquanto caímos.

Pode parecer que não há diferença, 
mas é justamente nisso, que reside toda a diferença do mundo.”


Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.