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'As vezes ando pelas ruas e avenidas da cidade e me pergunto quantas vidas passaram por aqui. Mesmo que eu tente ver o lado bom da vi...


'As vezes ando pelas ruas e avenidas da cidade e me pergunto quantas vidas passaram por aqui.

Mesmo que eu tente ver o lado bom da vida, o quanto ela pode ser bela com suas cores e odores de corpos entrelaçados, de chuva no asfalto quente, de flores num jardim imenso, de risos de bebes recém nascidos e fotos de animais fofos; não consigo deixar de pensar nos dias de frio, em meio ao escuro do meu quarto ou nas madrugadas nas ruas sem saída, por sobre quantos corpos vivemos nossas vidas e as fazemos.

Quantas vidas enterradas por aquela esquina onde espero o ônibus de cada dia, quantos corpos soterrados por seculos e seculos abaixo da terra asfaltada e empedrada debaixo de minha cama, ao qual tenho doces sonhos ou terríveis pesadelos todas as noites; quanto sangue evaporado por décadas e décadas já não choveu por sobre nossas cabeças. Quantos gritos silenciados de terror o vento já carregou por tantos milênios de guerras e caos. quantos sons de dor, de suplica esse planeta já não viu, por todas as voltas que já deu diante da luz, das sombras e de si mesmo.
Uma grande bola... Um grande cemitério em formato oval.

"Dorme. Viveu na terra em luta contra a sorte;
Mal seu anjo voou, pediu refugio à morte.
O caso aconteceu por essa lei sombria
Que faz que a noite chegue, apenas foge o dia."

Mas só as vezes penso nisso. Geralmente antes de dormir.
Bastam dois tons do canto do pássaro faminto na janela de manhã para esquecer dos pormenores que me assaltam sem sentido.

Miseráveis da terra. Afortunados por vidas.
Tão vivos enquanto por morte não chegar. Indo enquanto não esta.'
Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.