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Cheguei por volta das 20:30 no espaço das Américas acompanhado de um amigo. Uma fila relativamente grande se estendia a frente, mas que...

Resenha Pessoal sobre o VMB 2012



Cheguei por volta das 20:30 no espaço das Américas acompanhado de um amigo. Uma fila relativamente grande se estendia a frente, mas que em menos de 10 minutos se dissipou. A entrada foi muito tranquila.
Logo na entrada belos retratos em preto e branco nos recebiam – Michael Jackson, Marylin Monroe e outras personalidades e artistas musicais do passado-.

Com um visual urbano, mas ao mesmo tempo clean, com luzes entre o vermelho, azul e alaranjado, o Espaço das Américas foi transformado numa espécie de beco chik. Com garagens velhas, paredes decoradas com bandejas e pistas de street.

Nessa edição do premio De Vídeo e Musica Brasileira da MTV, a cultura de rua dominou. Não se enganem... O tema jamais foi ser Hip Hop ou Rap, mas sim cultura de rua. E os Shows provavam isso. Mesmo os mais intimistas, tinham em suas letras a mensagem da rua: sobreviver, lutar, acreditar e respeitar.

Iniciando com a volta triunfal do Planet Hemp (apresentados pela nervosa Gaia e Chuck Hipólito), os shows do VMB provaram que realmente sabem ser multi-shows.
Planet provou ao mundo e a eles mesmos, que o tempo é um aliado e tanto para algumas bandas. Nunca tive oportunidade de vê-los ao vivo ate aquele dia, mas não é difícil conferir vídeos no youtube de apresentações passadas mornas e que beiravam ao amadorismo. O discurso se perdia nas falhas. Isso não existe mais.
Com coesão, Som extremamente impecável, vocais viscerais, e uma bateria interessante, D2 e Benegão conduziram, um medley entre os maiores sucessos da carreira da banda – estritamente do álbum de 1992, “Usuário”- com hit’s como ‘Legalize Já’ e ‘Mantenha o Respeito’ cantando em coro por todos da plateia, inclusive na parte das cadeiras com os artistas.



A essa apresentação histórica, seguiu-se os shows de Marcelo D2, e Karina Buhr. Mesmo que eu não consiga gostar do seu estilo pós-punk progressivo de cantar e agir, reconheço que foi uma bela apresentação, que não animou a plateia, mas que ao menos provou que ela tava amparada por uma mega banda, que nos brindaram com as melhores distorções de guitarra da noite.

Em seguida rolou o show do Agridoce que escolheu a canção cover que fecha o álbum do Duo: ‘Please Please Pleasele Let Me Get Whay I Want’. Acompanhados por um coral de meninas vestidas com mantas com o rosto de Morissey, a apresentação ainda contou com a intervenção do publico que recebeu mini-lanternas, que acenderam durante a apresentação. Ali pessoalmente o som principalmente do coral deixou muito a desejar, mas pela TV ficou lindo! E diga-se de passagem: A Pitty não cansa de ser linda na vida ne? E seria muito interessante a introdução desse coral ou qualquer outro nas apresentações futuras do Duo. Porque por mais que a intenção do Projeto tenha começado intimista e simples, a realidade é que ele funciona com grandeza. 




De repente uma as rampas de skate dispostas a frente dos palcos, revelou Projota, que preparou o terreno executando um show correto e extremamente qualitativo - me surpreendeu pela qualidade técnica e vocal – para os iniciantes ConeCrewEDiretoria, que incendiou quase que literalmente o espaço das Américas, fazendo o show mais visceral e catártico da noite depois de Planet Hemp ate então.




Emicida surgiu com Seu Dedo Na ferida, musica protesto que inclusive lhe rendeu voz de prisão no inicio do ano durante uma apresentação.
Com os dedos do meio apontados em todas as direções e um coral de “foda-se vocês”, o show foi morno, e não conseguiu mostrar todo o talento de ritmos que Emicida possui(e que por isso lhe rendeu a parceria no DVD que será lançado em breve com o Criolo).

Com apresentação apática, mas beirando a pornografia divertida, o Bonde do Rolê conseguiu agitar e render comentários com uma apresentação repleta de homens sarados com sungas minúsculas, e mulheres sensuais dançando molhadas.

Então se já não bastasse Termos vivenciado uma abertura histórica e grandiosa, a noite nos brinda com um show de Gal Costa, ícone da musica nacional, que surgiu confiante e educada, e nos apresentou “Neguinho” canção de seu excelente álbum Recanto Escuro. Como já era de se esperar, não conseguiu agitar a plateia, nem mesmo com a simpatia evidente de Gal e as batidas eletrônicas da musica gostosa de ouvir, mas como se estivessem diante de uma entidade, todos sem exceções prestavam atenção a cada movimento de Gal que estava visivelmente animada com a perspectiva de fazer um show num ambiente tão atípico ao seu de costume e com uma plateia tão aquém de seu tempo. Chuvas de papel preto encerraram seu show com palmas respeitosas.




Numa noite que celebrou a cultura de rua, com shows poderosos, nada melhor do que a entidade máxima do assunto. Para encerrar o VMB 2012 ninguém menos do que Racionais MC's a nossa maior banda de rap nacional de todos os tempos, surgiu numa entrada espetacular e intimidadora para mais de 30 minutos de show, que passeou de antigos sucessos como “Nego Drama” ate canções recentes.
Apesar de estar na ativa, essa foi a grande volta dos Racionais aos palcos, assim como o Planet Hemp, uma vez que Racionais não sobem a um palco desde 1998.
Com uma maestria de dar inveja a qualquer artista, O grupo conduzia suas rimas com precisão e confiança. A Atmosfera do Espaço das Américas mudou no instante em que Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay, dentre outros subiram ao palco. Artistas e plateias se levantaram, silenciaram. A produção da MTV parou tudo, seguranças nas pontas da arena viravam-se para contemplar aquele show. O respeito pela trajetória, pela luta e pela palavra ali dita por tantos anos, e tão caracteristicamente paulista hipnotizavam. Uma mescla de medo e admiração.



Aqui o cheiro de maconha ressurgiu... Como que para fechar o evento como começou..
Entre os premiados da noite o destaque ficou com Gaby Amarantes que levou o maior premio da Noite o de Artista do Ano (além de melhor capa e melhor artista feminina).
Clipe do ano ficou merecidamente com Racionais Mc e Hit do Ano (único votado pelo publico ate o dia da premiação) ficou mais uma vez com Restart que recebeu a maior vaia da noite(antes já recebida pelas fãs do One Direction que ganhou como melhor artista internacional). 
Aqui preciso fazer uma ressalva:




Acho uma idiotice sem tamanho a vaia contra o Restart no VMB. Gostando ou não é culpa de nego que não votou suficiente o fato de outro artista talvez ate mais merecido não ter levado o tal premio... Nisso os caras merecem - pelos fãs dedicados que tem ué - todo o respeito. Fizeram por merecer oras (ah é porque são crianças e tem tempo para perder votando.. que seja.. se for assim - e é - qual o problema? o adolescente ou adulto que diz isso já deveria ter crescido o suficiente para nem levar tal categoria a serio ou no mínimo não se incomodar com isso..) acho bobeira e falta de respeito vaia..o mesmo com as coitadas das fãs do One Direction. Fica feio.. Não para eles para nós (me incluo aqui porque estava na plateia, fazia parte da massa geral..) é legal e meio que protesto e deixar claro que não acho valido e aceitável algo sem qualidade ter tanto destaque? Beleza... Inicio de vaia, ou mesmo sair e não dar atenção...  mas porran! Daquela maneira? tks tks..
Agora se fosse vaia para a pessoa Pelanza, por exemplo... ai seria outra historia mais interessante e válida...

Veja abaixo todos os vencedores:

Artista do Ano – GABY AMARANTOS
Melhor Disco – BNEGÃO & SELETORES DE FREQUÊNCIA – SINTONIZA LÁ
Melhor Música – empate: WADO – COM A PONTA DOS DEDOS e EMICIDA – DEDO NA FERIDA
Melhor Capa – GABY AMARANTOS – TREME (arte: Greenvision/Gotazkaen)
Melhor Artista Masculino – CRIOLO
Melhor Artista Feminino – GABY AMARANTOS
Melhor Banda – VANGUART
Revelação – PROJOTA
Aposta – O TERNO
Clipe do Ano – RACIONAIS MC’S – MIL FACES DE UM HOMEM LEAL (MARIGHELLA)
Hit do Ano – MENINA ESTRANHA – RESTART
Artista Internacional – ONE DIRECTION

Em resumo a MTV prometeu e cumpriu: maior vmb da historia da emissora, com as sempre polemicas e divertidas intervenções de seus comediantes excelentes ( destaque para Dani Calabresa, Bento Ribeiro, Tatá Werneck e César Polvilho), seus convidados ( os medalhistas olímpicos ) e a inclusão ao respeito mutuo de gêneros musicais contra a ignorância – vide Terminator com os meninos donos do hit chiclete Eu quero Tchu tcha em ritmo de Heavy Metal -.



Com um pouco mais de 3 horas e meia de duração- não completou 4 horas, a menos que se conte o aquecimento – O VMB inovou e mostrou que sabe celebrar a musica brasileira, mesmo que a maioria de seus consumidores não.
A noite conseguiu cumprir com sua proposta: propor conscientização, respeito e tolerância, e diversificação de uma vez. Isso ficou claro nos premiados e nos discursos de tais. Tudo parte de um todo – as ruas da vida, seja de calçadas limpas e retas ou de asfalto sujo e cheio de buracos.

Mas fica uma reclamação: não tenho mais pique para ficar horas e horas de pé sem bebida alcoólica e to com torcicolo ate agora por conta de nunca saber pra que lado olhar durante a premiação (palcos simultâneos ate quando Pescoço? )



















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