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As águas foram embora para deixar somente a umidade áspera dentro de cada um. Água salgada. As chuvas fugiram e deram vazão ao p...



As águas foram embora para deixar somente a umidade áspera dentro de cada um.
Água salgada.
As chuvas fugiram e deram vazão ao pior dos meses. O mês que testou minha vida e tudo nela de todas as formas que poderia ate então.
Foram dissabores, não amores, dores. Foram perdas, perdas de vida, ganhos de morte. Foram horas que vagavam sem realmente irem a nenhum lugar. Foram dias de chuva nos olhos, ardência, doenças e resfriados. Foram dias de frio e calor intenso. A Renite atacada, a Sinusite fazendo visita.
Brigas em família, em amizades. Brigas com o próprio reflexo e mais uma fuga e bate boca com a própria sombra.
Foram textos demais, espera demais, perdas demais, ganhos de menos, foram insônias e pesadelos, descobertas e decepções. Foram dias de 30 horas e mais.
Foram quase cinco semanas de terror, suspenses, dramas, exaustão; nenhuma comedia. Foram trinta e um dias; e quatro quartas, quintas e sextas feiras.
Foram ate agora mais de 732 horas de caos e verdadeiro medo.
Medo de me perder mais. Medo de uma parte inteira desfragmentar e cola nenhuma jamais conseguir juntar de novo.
Foi um ano num mês. E um mês inteiro de uma vida.
A minha vida, a vida dos meus ao meu redor e alem dele.
Nunca pensei tanto, nunca retive tanta informação. Os problemas as risadas os valores. Tudo tanto sem começo, sem final só o meio de tudo permaneceu e dobrou, numa equação falha de alguém brincando de ser cruel.
Foi onde os anos e as lembranças deram lugar a realidade, ao peso do futuro e as facas em brasa do aqui e agora.
A decisão a se tomar, o plano feito, o desenho sem pintura e as frases soltas sem conclusão.
Os comprimidos, a febre alta, as alucinações. As fugas, pernas cansadas. A prova sem gabarito. O xarope. A visão “D’Ele Ali parado”.
Foi um mês também de apoio.
De palavras doces e mãos nos ombros. De abraços inesperados de vias de fato e via crucis que confesso não imaginava.
Foi um mês de me viciar em duas novas series e todo o mal e conforto e adrenalina que comporta isso tudo.
Foi o grande acerto de contas entre os César’s – ‘ô criança no meio da batalha de seus antepassados’ -.
Foram dias de romaria e prece, sem paz. Só desalentos...
Mas foi.
Foi e logo menos terminara.
E só o que peço escrevendo e ouvindo sons aleatórios sem lógica alguma, sempre do passado que vem soprando – não sei se pra frente ou apenas para causar arrepios – é que vá, que esse Agosto vá embora, va com tudo o que não me trouxe e com o tudo que me tirou.
Que vá em paz. E leve consigo sua cara, suas garras, suas mãos, seu pé, sua foice, seu catarro da minha cara.
Que vá, cheio de ressentimento de minha parte – um dia nos acertamos, um dia quem sabe possamos nos sentar e fazer as pazes... Quem sabe um dia eu lhe ceda mais 31 dias de minhas horas na Terra - mas por agora vá!
Não olhe pra trás que não olharei nem uma só vez para a sua folhinha destacada, amassada, rasgada e queimada, na descarga que acabei de apertar. Sepultei.
Vá.
E que essa Lua Azul de hoje traga a raridade tal qual ela que me falta nesse ano, nesses dias. Que Setembro e seus colegas que o seguem tragam a paz e a força que deixei em algum desalento de agosto...
E o brinde de saideira é A Mim. Desculpa. 
Tin-Tin!

Cidade cinza que amadurece, endurece e bate feito murro de gesso. Ao invés de colar, quebra. Ao invés de proteger, mancha. Embranque...




Cidade cinza que amadurece, endurece e bate feito murro de gesso. Ao invés de colar, quebra. Ao invés de proteger, mancha. Embranquece a parte negra e encobre a claridade de sujeira.
A razão que mantém tudo no eixo, cada pedra, cada casca de ovo e agulha no lugar,
Vão se esvaindo.

Éssepê já não parece mais tão segura, tão parte e tão lugar.
Lugar,
Que lugar buscar quando a parte de um todo parece já não fazer parte de dentro? Só o que resta é o fora. Pra fora, de fora.
Na hora,
Na hora que tudo esmaece, a janela trinca, a porta emperra, o vaso sanitário entope e regurgita.
Fede,
Tudo em volta, mas não do ambiente, mas sim o que se exala de dentro.
O mundo, que gira e gira e gira, e suas voltas sem cessar náusea,
Enjoam, ao invés de manter tudo em seu lugar.

Que lugar?
Lugar em que tudo cansa, lugar onde tudo se perde, onde tudo faz querer fugir de dentro de si, apenas para deixar algo oco por vontade e não porque simplesmente não conseguiu manter cheio.
É querer abrir as mãos para deixar a água escoar, ao invés de vê-la vazar por entre os dedos, por não conseguir segura-la.
Escolhas, que te escolhem e não te deixam escolhe-la.
É labirinto sem saída, clichê sem limites,
São paredes mortas e luzes ásperas
É tudo sem razão, sem eixo, sem lugar.
É o pedaço de mim em outro querendo ser parte de novo.

São fitas, 
fitas que amarram a boca o tornozelo e o pescoço – enforcam, calam e derrubam.
Queda,
Sem lugar no chão, poço fundo sem aderência, sem possibilidades de escalada.
Não há chance, ou espaço pra piada.
É vontade de chorar
Chorar sem ninguém perguntar, sem ninguém estender o lencinho cinza para enxugar.
É o querer o abraço e colo de mãe, quieto, cafune sem intenções. Conforto; mas saber que esses braços também pedem o mesmo.
É chorar, admitir fraqueza e clamar pela maior dádiva que poderíamos ter e alguém nos dar: a ignorância. 
O não saber, não compreender, não sentir, não se importar, não...

“Ele estava lá, olhando pra frente.
Sem nada enxergar, sem nada fazer.
Só olhava pra frente
Uma lagrima escorria do rosto
O que acontecera?
Nem ele sabia
Só estava parado
O tempo passando e ele parado
A lagrima manchando seu rosto e ele parado
Sua mente querendo explodir sem compreensão
(era tanto, que seu cérebro não conseguia captar algo concreto para se dedicar a compreender)
E ele ainda assim parado, se mexer custava, custava um tanto, um tanto muito 
Que só conseguia por osmose permanecer parado
Parado quieto
Esperando ou indo embora,...
Apenas... Ali,
Estando enquanto não Era!”


#Titulo referente a uma musica da Banda Cascadura >> saiba!

Pelas janelas embasadas consigo ver o mundo.  Parte de tudo e um tanto de tudo. Tudo tanto, e tanto pouco do que gostaria. Pelas jane...



Pelas janelas embasadas consigo ver o mundo. 
Parte de tudo e um tanto de tudo.
Tudo tanto, e tanto pouco do que gostaria.
Pelas janelas do meu quarto fechado, 
vejo o dia cinza, sem cor ou tom em nenhuma escala ou paleta. 
O pintor me odiaria.
Da janela consigo ver as escadas, que descem ate o outro andar. 
O andar que fica acima de quem anda sem olhar para baixo. 
E abaixo dos que vivem a olhar pra 
cima. Eu olho em frente.
Da janela enxergo o vidro e a grade. 
Da janela esta o pássaro repousando, banhando-se em saliva e bicadas.
Da janela esta a vida alheia, a vida contraria, desejada e não tida. 
A mesma.
Da janela esta o corredor e seus infinitos passos ate a porta fechada. 
Da janela esta a abertura.
O ponto de fuga, ou o ponto de encarceramento.
Da janela esta a beleza de deixar a luz entrar ou a tristeza de ver as sombras chegarem. 
Da janela vejo meu mundo. 
Mundo sem portas. 
Só há janelas. 
E é delas que vejo o mundo.

“...ele será famoso, todos em nosso mundo saberão quem ele é. Escreverão livros sobre a vida dele. Não me espantaria se o dia de hoje fica...


“...ele será famoso, todos em nosso mundo saberão quem ele é. Escreverão livros sobre a vida dele. Não me espantaria se o dia de hoje ficasse conhecido como o dia “do Menino Que Sobreviveu”. Ele será uma lenta.”

É. McGonagall estava certa. Nem Sibila poderia ter feito profecia melhor.
Há muitos depoimentos mundo a fora em todos os formatos possíveis de pessoas relatando suas experiências e marcas que essa saga deixou. O que Harry Potter significou em suas vidas e escolhas.
Era o armário debaixo da escada nos dias de medo. O mapa do maroto nos dias de confusão. Era o “Hogwarts – Uma Historia” nos momentos de duvidas. Era a Nimbus 2000 nos dias de tédio. Era uma partida de Quadribol nos dias de disposição.
Seja pela inventividade ou pelo sentimento comum de todos nós – de não nos sentirmos parte de um Todo sempre, e a busca pela compreensão do Amor – fato é, que J. K. Rowling nos trouxe um universo ao qual não se consegue entrar sem que um pedaço dele permaneça em nós.
Muitas pessoas, vem a mim, e perguntam, como posso ser tão apegado a um livro, a uma historia.
Não é incomum, sentirmos os olhos de fora, julgando em silencio, pela incompreensão que tem desse sentimento compartilhado por milhões a cada segundo.
Não adianta tentar explicar. O que tal saga nos trouxe vai alem de explicação lógica do senso comum.
Vai alem de características psicológicas ou emocionais. Vai alem de traços de personalidade.
Só quem viveu e ainda vive aquele universo, consegue compreender o que ele representa mesmo depois de tempos no coração de crianças, jovens e adultos por ai.
É que por mais que saibamos que no final, nada acabou de verdade, que os personagens, a historia, aquele mundo permanece em nós, para revisitarmos e vivermos a hora que quisermos tudo de novo desde o inicio... Que somos livres para viajar e recontar lugares e trechos, que ainda podemos conhecer mais a fundo a “Travessa do Tranco” e desvendar a “Floresta Proibida” mais e mais; a sensação que temos ao ter de aceitar o “fim” ali na tela de cinema, ou ao ver a contracapa vazia do ultimo livro, é que perdemos um amigo. Alguém da família. Um igual.
Era como se um amigo viajasse todo ano, e depois de alguns meses mesmo que demorasse, você soubesse que ele voltaria, trazendo novidades e novas historias para choramos juntos, rirmos, ficarmos apreensivos, enquanto tomamos um café tarde da noite, com uma lanterna sobre a cama ou a mesa da cozinha.
Com o final imposto, é como se esse amigo fosse embora e soubéssemos que mesmo que ele ainda viva que ainda esteja em algum lugar e bem, nós não teremos mais o privilegio e a intimidade de compartilhar nossas vidas, sabendo uns dos outros. Precisamos seguir, como um trem numa nova estação.
Uma relação assim deixa marcas profundas.
É que mesmo que saibamos que tudo não passa de fantasia, de uma historia (ou não), era nessa fantasia, que por momentos, se fazia nossa realidade.
Não é absurdo ao menos entender o fato de que, para alguém que nunca sentiu que nascera no lugar certo, para alguém que tem de lidar com escolhas a todo instante, para alguém que não é daqui, para alguém que imagina muito mais do que a dureza do concreto e da gravidade da realidade permitem, veja em outro mundo, o seu verdadeiro lar.
Jo... Realmente é “Always” e assim sempre será. Creio que não só pra mim, mas pra muitos, o “Draco Dormiens Nunquam Titilandus “ será nosso eterno “Patrono” de vida.
E mesmo que eu continue a não saber lidar com despedidas, com epílogos e finais, - e alias, acho que jamais vou querer aprender - hoje eu entendo de forma plena o que Ela observou em sua “Penseira” futurística.
Sim, Tudo esta bem.



'Que essa palavra nos aparte, ave ou inimiga!" eu gritei, levantando - "Volta para a tua tempestade e para a orla das tr...



'Que essa palavra nos aparte, ave ou inimiga!" eu gritei, levantando - "Volta para a tua tempestade e para a orla das trevas infernais! Não deixa pena alguma como lembrança dessa mentira que tua alma aqui falou! Deixa minha solidão inteira! - sai já desse busto sobre minha porta! Tira teu bico do meu coração, e tira tua sombra da minha porta!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."' *


As dores de cabeça eram constantes. Sempre do lado esquerdo.
Em sua cama ele tiquetaqueava suas dores como seu ultimo escárnio são.
Em seu ultimo suspiro, o gozo de um escritor morto pela sua cria.
E era de manhã e não a noite que os tormentos de uma alma cansada e relutante começavam a despertar sobre as sombras de um Corvo faminto, como se este, estivesse à espreita de seu próximo grito.
Seu quarto mobiliado de madeiras baratas, adquirida pela ida suspeita de cada parente antes dele, prostravam-se em cada canto escuro, sem nenhum limite de coesão.
As roupas lavadas a custo por ele mesmo se apresentavam dispostas em camadas de cinza, branco e azul, dobradas por sobre uma maciça torre de livros relidos exaustivamente por todos aqueles anos de solidão.
Ele sabia que estava doente. Que a morte lhe visitaria e ele como bom anfitrião que sempre fora a receberia de bom grado, talvez com uma ou duas lágrimas apenas para não se perder e desonrar seu teatro particular.
Não havia medo em sua face e em seus pensamentos, nem de se perder ou ser perda.
Da janela mais alta, ele escutava como se fosse sussurros de Mozart os gemidos da cadela de rua que sucumbia a dor da pré-morte assim como ele. Frio e uma queda inesperada do parapeito da janela do 6° andar da casa abandonada ao lado esquerdo de sua casa eram o resultado dessa fatalidade canina.
Nele, nem fome ou sede lhe apeteciam a essa altura, ao contrario do estranho interesse por comprimidos escuros ingeridos a esmo e regularmente a cada minuto. Lhe davam sensação de paz.
Não que houvesse algo a comer naquela casa semivazia; mesmo que tais necessidades mundanas o consolassem. Naquela casa, Tudo reluzia da cozinha a antessala, ate a escada de madeira maciça e encerada que levava ao seu quarto.
Mas toda fruta, verdura e legume que aparentasse beleza e brilho, em cores saudáveis, na verdade escondiam o mofo por debaixo de suas camadas de apaziguamento e amargura.
Extensão dele, seu corpo seu lar, seu lar o seu corpo. Por fora uma paz reinante onde tudo estava bem, e por dentro tudo podre. Talvez sua última piada negra para o mundo subterrâneo. Ele fora consumido pela podridão, e na morte as larvas não poderiam fazer dele seus banquetes de ação de graças.
Graça, de mãos aos céus era o que ele não pretendia ate o derradeiro momento.
Ida de cruz, luz rarefeita e mascaras de orixás nunca lhe vieram de antemão. Nem mesmo rapazote. Nem mesmo 'juventão'.
Igreja e templo só lhe conheceram no nascimento e no casamento. Casamento aquele interrompido, pela amada deusa, maldita que lhe fazia sucumbir do peito ao umbigo por não te-la.
Seu nome nunca mais dito ou proferido pelo vento ou sua garganta já sem voz, era esquecido, e ao mesmo tempo resguardado em cada tijolo exposto daquele quarto enegrecido.
Seus pesares, contudo não era de maldizer amores de carne e volúpia. Não, não eram mais.
Se haviam pesares, eram de tormentos indescritíveis para a razão conhecer. E nisso, seu abrigo ínfimo que era seus dedos e seu cérebro trairá de injúrias vãs, sabiam bem. Só eles.
Deixara um ultimo escrito sob a cômoda direita de sua cama impecavelmente arrumada mais cedo por um de seus filhos, inimigos. Uma carta. era uma carta. Mas não de despedida ou de redenção.
E sim, uma carta totalmente avessa as normalidades de uma vida anormal, como a dele.
Era uma carta de descrição. Uma carta que possua apenas duas palavras, presididas por uma única frase. Duas palavras repetidas conforme suas batidas – de seu coração – iam diminuindo e silenciando.
No dia em que percebera que seus personagens saiam de suas folhas escritas e manchadas de tinta para lhe acusar e perguntar sobre os mistérios de suas vidas, ele decidira que já era hora de se deixar ir para o mundo onde ele fosse o personagem e não mais o autor. A loucura o sucumbia, se alimentava a fortes garfadas e ele a saciava cada dia mais com angustias e amores superficiais acompanhados de um copo de bebida – seu amado café, amargo escuro, de tinta e calor destrutivo.
Ele era vitima de suas crias e isso ninguém jamais entenderia. Ele escrevia-os, suas vidas, dores, mortes, nascimentos, duvidas e erros, alheio a sua capacidade e responsabilidade por aqueles seres literários que criara. Era um mundo avesso ao nosso mundo. Então porque se preocupar se ele se tornara um DEUS a seus olhos sem perceber?
Era chegada a hora, ele sentia. Aquele que a ele escrevia já determinara sua morte e ida, sem explicação, sem ironia.
Ele estava a mercê daquele que o empunhava feito marionete e sem direito a oração no final do dia.
Por sua vez, já sabendo de seu destino – pois assim seu criador o queria – ele selou a carta, esta escrita e lida a seus ouvidos e olhos confusos que por hora já enxergam o final da narrativa estarrecidos com a morbidez alucinada daquele que conhecem bem.
Ao final dela, como nesta basta saber: ele morrera pela manhã, vitima de suas dores de cabeça do lado esquerdo, sem dor, sem medo, sem revelações ou luz no fim do Túnel, como seus antepassados, ele se fora num ponto final e um borrão de tinta.
Somente mais um personagem nascido pela incompreensão de um criador em usar proteção em sua relação quase sexual com o papel e a caneta, nos fluidos de suas inquietações. Mais um aborto, mais um assassinato e uma conversão natural da natureza.
Ele se fora com dor de cabeça, e essa é a única moral que talvez essa narrativa mereça.
Na carta, esquecida por anos a fio ate que este a encontrasse, os dizeres de desespero e verdades de alguém que vivera gritando em silencio:

“E o Corvo disse: Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais! Nunca mais! Nunca Mais...!”



*Trecho em prosa do Poema "The Raven" (original de Edgar Allan Poe), versão esta traduzida e adaptada por Helder da Rocha.







Estamos aquém do nosso presente em tudo... Um anacronismo podido de encaixe perfeito. "É claro que somos as mesmas pessoas, mas...


Estamos aquém do nosso presente em tudo...
Um anacronismo podido de encaixe perfeito.

"É claro que somos as mesmas pessoas, mas pare e perceba como o seu dia- a" – dia mudou. – disse Pitty certa vez
.
As horas avançam e nos que vamos ficando pra trás tentando alcançar o tempo que já ta alem e aquém de nos... É uma corrida, uma fuga e uma perseguição.

Bukowski disse: "Eu e a vida nunca nos demos bem, tenho sempre que comê-la pelas beiradas, é como engolir baldes de merda!"

E ele estava correto, mesmo em seu tempo.
 Nunca é suficiente... É sempre a gana, sempre vivendo pela gana... Dizem que somos a Era do Consumismo... Mas na realidade é esta mesma Era que nos consome... Dia a dia, segundo a segundo, escolha a escolha. A força, a vontade, o fechar os olhos e tentar descansar em paz. É comido, tomado, usado, absorvido e vai!
Parece que conforme os anos foram passando, só se acumulou; cada vez mais, surge mais peso pra carregar, mas nós continuamos os mesmos... Ha peso sobrecarregando o que não evoluiu o suficiente para suportar. É como se alguns de nos fossemos ate mais "velhos" que os velhos de fato de outras épocas...
São informações demais.
É muita coisa, é muito tanto a cada segundo. As informações e problemas de ontem só somam com as de hoje. E a noite vem, e com ela mais, e mais e mais...
Mais; Mas nem lidamos ainda com as de ontem e as da manhã e ainda assim já temos as de amanhã para nos preocupar e resolver. Parece que tudo satura, acumula.

Paulo Lemisnki também sabia: “Haja hoje para tanto ontem. E amanhã para tanto hoje. Sobretudo isso.”

E ai vai à grana que falta pela demanda, planos que exigem o triplo do que realmente imaginamos, contas a pagar atrasadas, problemas familiares – é a mãe que esta saturada de tanto batalhar, é o pai que esta a cada dia mais estressado com tudo que tem que aguentar, é a tia que sofre uma doença repentina, é a avó que já esta doente e ninguém sabe o que a vida lhe guarda, - é o trabalho que não vem, as horas que correm, a faculdade estacionada, a escola repleta de carga, são as duvidas que pairam e ficam em volta e dentro de nós, e somos nós que já não aguentamos tanto, guardar, suportar, ter de lidar. É emocional, psicológico, físico, espacial... Sem falar do tal do sentimento...
Falta tempo... Falta espaço. Falta Ser.
E a vontade de ir a Lua caçar Dragões e limpar a bandeira americana; cresce.
 Dizem que o futuro é nosso. Mas que futuro? O de amanhã? O do final desse texto?
Tudo é imediato. Tudo rápido! Menos as soluções e o “Passar”.
Nos repetimos em clichês e denotamos, subjulgamos o novo em movimentos “retrôs”, com ‘remakes’ repetitivos, temas recorrentes, mesmas palavras e mesmos discursos, Repetição. Apenas porque apesar de parecer que tudo já existiu tudo já chegou e tudo já foi, estamos a cada dia querendo voltar ao berço, a fralda, a dor de sair do Útero pela primeira vez.
É uma juventude que mesmo que tenha a face adulta, clama cada vez mais cedo pela infância de volta e cria nostalgias de 10 anos atrás.
São os anos da “Falta”,“Saudade”,”Tudo”,”Muito”,Cansaço”,”Depressão”,”e[Estresse”,”Desistir”,”Correr”,”Ajuda”,”Fuga”. Buscando ainda mais urgentemente a morfina “Amor” e “Paixão”, para escapar da “Realidade”. Inclusive usando a tal da “Fantasia”.

Aproximamos-nos daquilo que criamos: maquinas.
Vamos aos poucos, nos resumindo em maquinas como o Jabor citou: “existir e não viver...”
Existir para produzir e fazer não para viver.
Quantas vezes você já contou ate dez?
Quantas vezes você já transpirou hoje? Quantas vezes você já quis surtar ou sentiu que estava ficando louco?
Você já parou para escutar o som disforme de seu coração hoje?
Mantenha-se parado a escute... Isso não é vida é mecanismo funcionando.
A vida e a soma de todas as vezes que contamos quem nos somos.
Um conjunto de momentos feitos de rotinas e respiração.
Talvez seja efeito de tanto café que enxiro, não sei, mas to cansado. Cansado...
E La vai mais uma volta do relógio, mais uma, mais, e mais e mais e mais e mais e mais: Alguém mate esse Coelho!?
Alguém faça tudo cessar ao menos por alguns segundos!?

Heloisa Vasquez certo dia disse:

“Viver todo dia na minha pele. Todo dia ser eu.
Acordar e ver minha cara no espelho. E enfrentar os mesmo medos, sempre.
Quando cansamos de alguém, ou de algo, vamos embora.
Mas é impossível ir embora de mim. Eu tenho que ficar sem escolha.
Acho que as lagrimas são pequenos pedaços nossos que escorrem quando já transbordamos de nós mesmos”.

Pois é.
Ta pesado, Ta puxado, ta difícil. 

Temos diferenças de ideias, mas não de ideais. Somos diferentes na maneira de nos vestirmos, nos gostos por musicas, filmes, interesses ...


Temos diferenças de ideias, mas não de ideais. Somos diferentes na maneira de nos vestirmos, nos gostos por musicas, filmes, interesses no geral.
Mas foi da igualdade de gostar de sempre consumir e procurar conhecimento, de me adaptar a qualquer situação ou momento, que encontramos o balanço entre ser e estar.
Falhas e erros do meu lado e do dele. Magoas e um amor latente e forte que o olhar demonstra, mas muitas vezes a fala não permite soar.
Não ha o abraço - incomoda- mas ha o embate que mesmo que veladamente demonstram o - me importo - calado, mas sentido.
Existe aquela sensação de não saber lidar sabe-se lá o por que. Às vezes penso que não é exatamente pelas diferenças, mas justamente pela grande semelhança que o mais e o menos não se unem tão perfeitamente como é com mamãe por exemplo. Não sei.
O que sei é que é ele que me ensina o que é ser homem, a cada dia, alem do órgão sexual, alem do cuspir na rua e coçar. Alem do pegar mulheres e ser o macho alfa da matilha. É o que me mostra que um Homem é aquele que se faz pelas escolhas e pelo orgulho. Pelas crenças e perseverança. Pelo não desistir e proteger aqueles que ama. É aquele que não tem medo ou vergonha de errar e sentir medo e admitir.
É o que me mostra o que eu nunca conseguirei ser: Pai de família, trabalhador, guerreiro, dançarino de mão cheia, inteligente e com uma lábia (que felizmente herdei e prova mais do que DNA o jeitinho mineiro que me domina) de dar inveja a qualquer um.
é quem me ensinou valores de garra e perseverança, de luta e confiança.
é o que sempre batalhou para manter erguido e não faltar o básico a nossa família. é aquele que me orgulho de ser filho. é aquele que a cada dia mantenho preso na mente o desejo de orgulhar. Mesmo que a minha maneira, orgulhoso e teimoso como sou. (alias acho que peguei parte dessa teimosia de lá hahaha).
Ha um texto de Marco Antonio Struve que se encaixa perfeitamente no dia de hoje e além:




Existe um homem que se esmera no comprimento do dever para dar bom exemplo:
Que fica humilde, quando poderia se exaltar;
Que chora à distancia, a fim de não ser observado;
Que, com o coração dilacerado, se embrutece para se impor como um juiz inflexível;
Que, na ausência, usam-no como temor para evitar uma ação menos correta;
Que quase sempre, é chamado de desatualizado;
Que apenas fisicamente, passa o dia distante, na labuta, por um futuro melhor;
Que, ao fim da jornada, avidamente regressa ao lar para levar muito carinho e, as vezes, pouco receber,
Que esta sempre pronto a ofertar uma palavra orientadora ou relatar uma atitude benfazeja que possa ser imitada;
Que, muitas vezes passa noites mal dormidas a decifrar os segredos da vida, quando extenuado, ainda consegue energias para distribuir energias;
Que é tão humano e sensível, por isso, normalmente, sente a ausência do afeto que lhe é dado raramente e de forma pouco comunicativa.
Que, vibra, se emociona e se orgulha pelos feitos daqueles que tanto ama.
Esse homem geralmente, se agiganta e passa a Ser o valor inexorável quando deixa de existir para sempre. Nunca perca, pois, a oportunidade de devotar muito carinho e amizade àquele que é seu melhor amigo:
SEU PAI.


É o moreno, negão, velho eterno jovem que chamo de pai, ou Rei de meu reino, onde ele pode ate não ser o mais intimo, mas é o mais amado e primeiro grande amigo no final das contas.
A ele e a todos os que são, tem, seja de sangue ou não, que ja tenha ido fisicamente mas que permaneça eterno onde nada se corrompe.
Um feliz Dia Dos Pais ^^

O Gato da foto se chama Wellington ( meu Daddy ^^)

“Me vê uma cachaça. Serve aí. O que é que foi, nunca viu uma mulher bebendo? Preciso muito de um trago pra lamber o chão. Fui muito ...



“Me vê uma cachaça. Serve aí.
O que é que foi, nunca viu uma mulher bebendo?
Preciso muito de um trago pra lamber o chão. Fui muito idiota mesmo.
A vida é um lixo.
Não existe justiça, não existe lealdade, amor... Amor?
Balela.
Invenção de livro, de filme, novela...
Sabe pra que? Pra fazer ó (dinheiro)...
O ser humano é uma coisa que deu errado.
Deus? Deus fez errado. Errou!
Essa mania, foi querer criar o mundo em seis dias...
Coisa de homem mesmo, lambão! Lambão!
Tinha que dar errado.
Que droga de vida é essa?
Pra que a gente vive? Pra esperar a hora de morrer?
O que é que vale a vida? Nada! Nada!
Ei, você, me recolhe aqui. Eu sou igual a isso aí que vocês estão recolhendo.
Um bando de porcaria estragada. Estou assim bem vestida mas vim do lixo.
E fui jogada no lixo de novo.
Estou de volta no lixo. Meu lugar é o lixo.
Toca pro inferno, motorista. "


Poderia ser apenas mais um texto brilhante e pesado de alguma literatura qualquer, que nos toca pela identificação e consciência instigada a cada frase e cada parágrafo. Se não fosse o fato, desse texto na realidade ser um monologo de uma personagem – vilã- da teledramaturgia. No caso, brasileira, e se tratando de uma novela.
Tal monologo foi declamado e apresentado ao publico, em horário nobre, na ultima quarta feira dia 8 de agosto.
A novela? Avenida Brasil.

Com 11 anos de idade, a menina Rita sofre um duro golpe, que deixará marcas para o resto de sua vida.

Órfã de mãe, ela foi criada por seu pai Genésio (Tony Ramos) e pela megera madrasta, Carminha (Adriana Esteves), que consegue, após a morte de Genésio, roubar a casa, a família e os sonhos da enteada. Porém, mesmo com a vida sofrida, Rita não fraqueja e mantém viva a sede por um acerto de contas.
Em busca de justiça, a garota deixa seu triste passado para trás e se transforma em Nina (Débora Falabella), uma mulher firme e preparada para as surpresas da vida.

Avenida Brasil é uma novela de João Emanuel Carneiro, com direção de núcleo de Ricardo Waddington. (fonte: "Na Telinha")*

Avenida Brasil, tem estado entre todos os tópicos e discussões de mesas de bar e mesas de jantar familiares, como qualquer outra novela global, semestre após semestre. Mas o que vem chamando a atenção não é sua trama repleta de vingança e dualidade, nem mesmo sua trilha sonora duvidosa ou seu elenco comum – que aproxima o telespectador à trama. Não. O que chama a atenção em Avenida Brasil é justamente sua produção.
A novela tem ares cinematográficos que colocam em check tudo o que já foi feito e mostrado pela própria emissora, inclusive em termos de series e minisséries. Há um cuidado “anormal” em figurino, figuração, iluminação, fotografia, enquadramentos e principalmente em construção de personagens e roteiro.
Não que seja perfeito, alias muito pelo contrario. Conforme os capítulos avançam nos deparamos com a incapacidade obvia e compreensível dos autores de sustentarem a trama a um enredo verossímil aceitável, uma vez que abusaram na velocidade sempre em tom de urgência -  a La capítulos finais -  no inicio de tudo. Isso faz com que se esgotem os chamados “encher linguiça”. Assim o que se foca é em tramas do núcleo de apoio que só faz divertir e se torna muito pouco interessante diante de todo o drama – exclusivo – causado pela trama central Nina versus Carminha e suas vinganças.
A verossimilhança tão bem executada no inicio da novela esta se perdendo, ao passo que o folhetim ganha status de ficção Tarantinesca.
O que impressiona mesmo é a capacidade que os autores tiveram em construir duas personagens centrais tão ambíguas e tão carregadas de traços psicológicos e emocionais instáveis. Nina e Carminha se confundem em seus papeis.
Não há como definir quem é a vilã e quem é a mocinha da trama. Cada qual teve e tem sua parcela de vilania e sua parcela de vitima na historia. Uma historia que se cruza e escurece com segredos e loucuras, que colocam a razão do embate entre as duas em check.
Ambas se assemelham muito, nos gostos, trejeitos e ate na forma de falar e agir. Os físicos das duas também se emparelham, bem como suas ações. Contudo – e aqui é analise pessoal – é interessante constatar como o ódio entre as duas parece dar vazão a um amor, ou apego avesso.
Não é raro, por exemplo, as duas trocarem toques que beiram a sexualidade. Ou mesmo as maldades de ambas que chegam ao limite da loucura e da perversão, enfraquecerem diante da possibilidade de real ferimento físico. Uma cena em questão – que foi ao ar ontem também – em que Max (amante de ambas) empurra Carminha e esta se fere contra a porta aberta. Ao ver que Carminha sangra a câmera nos mostra muito rapidamente o olhar e expressão de Nina, que se antes demonstrava satisfação pelo descontrole da rival, se mostra agora um pouco preocupada com o ferimento.
De fato, a construção psicológica e emocional de ambas é algo extremo e muito bem delimitado, o que instiga o publico.
Mas o ponto alto se deu mesmo na cena final do capitulo de ontem.
Carminha após sofrer um acidente de carro, anda a esmo pela cidade, devastada e com a face ensanguentada, a beira do abismo, totalmente desequilibrada e arrasada. Para num bar de rua, e pede uma cachaça. E é então que se põe a declamar o texto que iniciou esse texto.
Ela sai de seu carro destruído, e caminha em uma rua, emparelhada com um “muro” de arames farpados (a psicanálise pira).
Então algo acontece. Um surto de inspiração da produção da novela, e que nos traz um clássico contemporâneo da teledramaturgia brasileira, numa cena histórica e memorável em varias escalas:
Atuação impar de Adriana Esteves, repleta de dramaticidade, de peso, de entrega no olhar, na impostação de voz, nas alterações faciais. Numa mescla entre atriz e persona sem igual ate então na trama, imortalizando-a com certeza apenas por essa cena, como Carminha.
A câmera a todo o momento tremida, focando e desfocando alias, sempre em plano semi fechado no rosto da personagem, nos fazendo participar da cena. Como se estivéssemos ali, tomando um porre – pago por ela- e olhando em seus olhos sua decadência e raiva pela vida falha.
A trilha abandona o tom de ação e passa por notas melancólicas, cada vez mais intensas, mas sutis.
E o texto se complementa as metáforas da cena, desde a rica no bar de rua e a cachaça barata, ate suas roupas e visual impecável, mas com sangue seco na face.
Ate o gozo final que inspira tal texto, com toda sua historia e trama,a referencia do texto ao lixo, e o carro de lixo a levando diretamente para seu inferno, seu lar, o lixão – os restos humanos descartáveis, sem possibilidade de mudanças, sujos, fétidos, tais quais sua vida falha, cansada e acabada-. É um deleite para amantes assim como eu de tais textos.
Não sou noveleiro, alias como disse vejo falhas intermináveis na novela, mas de fato, não há como negar, Rede Globo pode ser um câncer de mídia ao publico, mas que essa novela esta fazendo um belo Oi Oi Oi na historia da nossa televisão, isso ela esta. De fato é de aplaudir de pé e degustar a obra entregue. No mais, melhor somente assistirmos, pois provavelmente Freud deve estar se revirando em sua imortalidade querendo bater um papinho com alguns residentes de Avenida Brasil. E com isso nem eu e nem Nina podemos competir.

Assista o monologo final em questão(e se puder confira o episodio completo) : Clique Aqui



Ficha Técnica

Criação: Marcos Pedrosa; Andre Regnier; Eduardo de Castro
Direção de Criação: MP
Direção: Marcelo Presotto
Produtora: 111
Prod Som: Jamute

Elenco


Débora Falabella – Nina 

Murilo Benício - Tufão

Adriana Esteves – Carminha 
Cauã Reymond – Jorginho 
Heloisa Perissé - Monalisa 

Isis Valverde – Suéllen   

Marcelo Novaes – Max  
Vera Holtz – Lucinda

Saiba Mais sobre o enredo na novela>> Vai lá*
  

Quando se vai preparar o feijão para cozinhar, antes precisamos aprender a escolhê-lo e lava-lo em água corrente, muito bem.  É que noss...


Quando se vai preparar o feijão para cozinhar, antes precisamos aprender a escolhê-lo e lava-lo em água corrente, muito bem. 
É que nossas mães nos ensinam desde novos que precisamos separar as pedras dos grãos comestíveis, para uma refeição completa e saudável.
Essa ideia permanece por varias outras facetas, não só da gastronomia.
Ao passo que envelheço, vou abrindo portas e janelas em corredores e ruas abandonadas que exigem uma visão mais apurada e um sentido de tato milimétrico em cada escolha que faço.
Amores, projeções, amizades, dissabores; cada um é como um feijão ou uma pedra num grande saco que tenho que manusear continuamente.
Não são escolhas de valor, mas sim escolhas de vida e sobre vida, sob a vida em que preciso delimitar ate que ponto serei o fogo, a água, a panela, o tempero ou apenas o degustador das iguarias formadas nesse caldeirão de vozes e cheiros e sentimentos.
O problema surge quando o saco esta cheio – como o meu parece estar- de personagens, de gostos, de ocultações, de respirar fundo e esconder pensamentos, de vestir uma manta a encobrir o arrepio de pele, e de mal entender o que se quer, o que se espera, o que se fere, o que se ganha e tem, e o que se sente e percebe.
Não que eu esteja saturado, mas as horas – sempre elas – parecem zombar em seu TIC TAC continuo, trazendo a velhice amarga, sem sabedoria e vivencia, em uma juventude imediatista que suporta demais, que tem demais, que pensa demais, que corre demais, que sente demais, que falta demais, que implode demais. E que por isso, assim, se repete e se torna cíclica demais. Como eu.
Queria ser empático com essa vida nova-velha e por vezes anárquica que se diz consumista mas que consome mais do que oferta.
Confusão - alguns diriam.

“Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.”- Carl Ransom Rogers sabia disso. E Eu estou aprendendo a entender também.

É como soltar a mão do mundo e segurar firme na de alguém, seja ela possibilidades ou defeitos, e acreditar em sua própria fé (que nada tem haver com religião) e rumar em confiança a ela e consigo mesmo, sem temer a mão afrouxar.
Nem sempre consigo identificar essa mão, nem mesmo sei se a quero ou se a espero. Aquele sentido, aquele cessar de perguntas.
Dizem por aí que a vida é uma constante procura pela felicidade e pela paz. Estas que são feitas em pedaços e espalhados pelo mundo e pelo tempo – nossa permanência em vida. E que a razão e sentido dela são justamente o encontro desses pedaços e a junção deles, resgatados, identificados e colados. E que é entre essas frestas que se formam entre a cola e esses elos que esta o sentido da vida. Alguns dizem que estas frestas tem o nome de amor; outros dizem que tem o nome de alguma pessoa especial; outras tantas dizem que o nome real é dinheiro e tempo. Mas hoje, num pequeno pedaço de fresta de meus elos, eu só queria que essa cola fosse PAZ. Paz entre quem sou e quem devo ser.
Esse seria meu sentido. Essa seria minha possibilidade de empatia com o Meio e o Todo. Essa seria a mão que tanto se apresenta frouxa.
Esse seria o feijão gordo e suculento no qual eu me saciaria por muito tempo.
E mesmo assim, parando para escutar em volta, um som me chama a realidade obvia: "Eu vou ter que sair, pra depois voltar" e eis a máxima que não cala, que sinto, mas que eu mesmo não me deixo ser e estar.
Mais uma pedra no caminho...


Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.