fevereiro 2011

Não era fácil, era apenas... diferente.
Vem chegando o carnaval e a promessa de diversão, excitação e alegria. Todos nós vemos os comerciais, as fantasias, os "disse-me-disse", o feriadão prolongado, o pré-gozo, o pré-sexo, a pré-depravação, o nu...
São produtos carregados na folia, são canções novas, que esquecem fas cantigas antigas, de folclores e culturas populares mais sinceras com mais sentido; as novas ditam ordens, novas ordens, onde tudo é liberado, peito, bunda; um arrazo.
É proibido se entristecer; proibido lamentar, preocupar-se ou não beber. Vamos nos libertar!!
Pra quê dissimular quando a festa eta em todos lugares que estamos? A folia ta chegando. Todos ligados na tv. Todos com a cerveja na mão, a morena ao lado, a camisinha no bolso e o esquecimento do trabalho largado, da enchente matando, da politica desfilando, do assaltando rolando.
Então surgem poucos que querem sair. Feito matrix, querem se desconectar. Sumir. Mas aí o trio elétrico surge - Sai do chão!! E novamente vem a premissa que arrasta: Vem chegando o carnaval.
E de nateria, chorinho, penas e mulatas, confetes e piadas, vamos sendo empurrados, até completarmos o caminho da Sapucaí.
"Na tela da tv no meio desse globo, agente vai se ver..."♫

Uma mulher pedindo socorro em silêncio. Ela viu seus sonhos irem, suas escolhas irem. Ela sonhou. Queria um mundo de luzes, perfeito.
O mundo na caixa era a perfeição. O aplauso, a excitação, a perfeição, sem erros, a diversão. Sem sair de casa, do sofá. Ali na caixa, a vida que queria ter. E ali assistindo tinha na ilusão de viver.
Foi o que tinha de ser. Viu o que não queria(mas teve), partir, ir; se perder.
Esqueceu e resolveu assim como a caixa, viver da ilusão de ser uma caixa. Rir da piada, se imaginar aplaudida. Venerada e não vencida.
Todos aplaudem. Todos a amam. Todos aplaudem.
E lá vem ele que sente que não pertence a esse mundo. Não vê sentido no riso forçado e na ilusão da mãe. Uma tragada, um cheiro, uma engolida; e ta ali, a vida leve, com sentido, vivida. Já não importa a não compreensão; é preciso mais. Vamos aos planos, não vamos mudar.
Pra que autoridade se nada faz sentido? Lei pra que, justiça a quem? Cada um procura a sua propria ilusão; foge do corpo, do coração, da realidade, se fecha na mente. Até o dia em que a realidade entra na mente e mostra qual é a real. Problema? Não. A ilusão só precisa ser maior.
Aperte mais a corda - eles disseram. E em busca de não ser controlado; se vê em total controle. No final a ilusão o controla. Eis a sua autoridade se fazendo sua lei pessoal. A fumaça sobe...
Ora, ora! Olha lá ela. Tem tudo mas não tem nada. Só quer sentir e não só perceber. Quer escapar, tambem quer viver. Sente falta de afeto; cria suas proprias ilusões. Se apaixona, vê ali uma ilusão real, viva. Nele, ela se faz viver e assim como ele é controlada em busca do esquecer e viver. É feliz? Não. Mas o que importa, a fumaça sobe.... É seu momento; é sexo, é poder, dentro, é agua, é liquido; é depravação, é degradação; é loucura; é liberdade presa; é realidade.
Vem o outro; quer voltar ao colo da mãe, quer voltar ao utero e esquecer da cor, o bolso, do papel que compra e vende, dita, faz, constroi, desfaz, recria, cria, imita, mata e faz nascer. Ele quer viver.
E junto da mulher da caixa, do controlado, da que não tem nada, parte rumo a mesma do inicio: a ilusão real.
Sem perceber que o que mais querem já possuem. Querem viver e sentir. E vivem e sentem, seus proprios Requiens de sonhos, pesadelos, realidades, fumaças, caidas e desilusões sem fim.
Eles vivem. Sem saberem que morrem ao viverem.
E assim seguem, numa ponte pulam, mergulham ao mar, de choque em choque. É tudo parte de um espetaculo, uma catarse coletiva. Uma balada, uma canção sem rimas, danças, sem compassos, dor incontida, a cortina se abre: Todos aplaudem!
E o show tem que continuar. Não se pode parar.

Lembra quando disse: "Tudo dará certo. Tudo Bem!" ?
Pois é. Era tudo. Era certo? Mas não era o Bem.
Diziamos tantas besteiras
Pra sempre e pra nunca mais
Que faziam sentido
Faziam sentido...

Quero ser o que te ama em segredo
O que acorda e mesmo longe
Te diz bom dia
O último a lhe dar boa noite
O que escreve poemas pra te eternizar
O que pensa em ti todo dia
O que te odeia as terças e quintas
E que volta a ama-lo antes
Do final do dia
O que briga e chora
O que espera e planeja
O que simplesmente ouve
O que sente orgulho por cada passo alcançado
O que simplesmente cala
E apenas o olha dormir
Ou piscar...
O que lhe acaricia a face
Os braços, os cabelos e cada
Um dos dedos
O que te ama sem nenhum segredo
O que não quer te-lo pra si
Mas sim, que quer te-lo
Ao seu lado
Pra olharem na mesma direção
O que não tem medo do fim
Pois a cada dia sabe que é um novo começo
O que pensa não em você, mas sim no nós
Antes de dormir e antes de levantar
O que se arrepia ao lembrar da voz
O que sorri sem querer ao falar ao telefone
O que sente vontade de rir do mundo
E jamais parar de dançar por estar com você
O que te ama secretamente sem segredos
O que não diz: 'Pra Sempre' ou 'Nunca Mais'
Mas diz: 'Agora'
O que fala sem parar por impulso quando esta perto
O que não quer que seja de outros
O que quer ser seu e que seja tambem
Quero ser o que te ama
E assim ser o que te faz e por isso
Tambem é feliz.

E combinei. E veio a coragem. e veio o momento. E veio a ocasião. A desculpa, a situação.
Algo que todos sabem mas nunca foi dito de fato.
Mas a decisão não implica na escolha.
Escolher o que?
Sim, sei esperar é virtude que todos devemos ter. Perceber tambem.
E na hora ambos virão o esperar e o perceber. Mas resta saber: Sera que o lidar é suficiente para abolir o querer?

Perguntas demais, ação de menos.
O problema é o riso, o sorriso, o olhar descarado e despreocupado, o maldito celular e suas mensagens. O entender, saber e compreender demais. mais do que gostaria. a duvida incessante que plantam na mente e se faz presente. O sera que não ligo de fato?
A duvida e o segundo patamar. O que encontrar?
E ainda assim o maior medo: Ainda existe? Aquele ainda vive ali?
Que algo permita que sim,pois ou hoje vou começar a viver, ou hoje darei meu primeiro passo para assim como ele começar a morrer.
E não sou uma fênix.

É meio incompreensivel. Da mesma maneira que eu quero eu já não quero mais.
É intensidade demais ou amenidade de mais. De qualquer forma é mais.
Te amo em tal grau que as vezes chega a parecer raiva. E num misto de prazer estranho em cada discusão parece haver um sabor um gozo a mais, um orgasmo velado em palavras explicáveis somente a nós. Ninguém entende mas apesar de nem nós mesmos podermos explicar parece haver compreensão nisso tudo. Do mesmo modo que lhe quero perto te quero bem longe a simples presença irrita e incomoda. Mas porque?
Ai esta a questão: precisa realmente de explicação? Já começou sem fundamento mesmo.
Então me pego em devaneios como era antes muito raro, então você não pergunta e eu sei que quer perguntar.
Vejo em um outro, tanto medo, tanto rancor; talvez por este possuir tudo o que eu queria e nunca consegui ir atras pra ter. O orgulho existe, o : "vir ate mim, não correrei atras. O ser conquistado ao inves de conquistar." Mas existem excessões. Enfim o foco já é outro.
As musicas vem, a infância nunca foi tão presente o futuro jamais assustou tanto quanto agora. E o presente parece tão incerto, como um anacrônismo sem fim.
Em questões de dualidades já não sei o que pensar ou em que mar quero navegar. Procuro por ai se realmente é você e não o outro, ou alguem que ainda não enxerguei.
Mas no fundo algo me diz: 'esqueça, aí esta o racional de novo'. E tentar ser racional quando o emocional e o sentimental estão em tal patamar que te fazem ver sentido em letras tais como:

"Ouço sua voz e a alegria
Dentro de mim faz moradia
Vira tatuagem sob a pele

Te levo sempre em meu olhar
Não canso de te procurar
Entre meus lábios sinto a falta de você

E assim, profundamente meu
Pra que pensar que existe adeus
Não, não me deixe mais
Nunca me deixe
Já não preciso nem dizer
O quanto eu me apaixonei
Não, não me deixe mais
Nunca me deixe"

Inesquecivel - Sandy e Junior

É completamente irracional.
E de irracionalidades já basta o proprio texto, a própria situação e o caos que se estende em meus ouvidos.
Por hora basta um velho rock para disfarçar o pré - gozo tão presente. A insatisfação, a vontade e ansiedade, o nervosismo a cada gole de alcool, o olhar timido desviado, o querer ser mais corajoso sem conseguir ser, ate que aja uma minima confirmação daquilo que ainda é so ilusão e desejo de ser.

Mas dai vem a pura sacanagem; pregada pelo ar que sopra sussuros de conversas ou lembranças - visões - de palavras ditas e não ditas (mas contidas), a cada silêncio da noite, o antes de dormir, o pensar e imaginar; as conversas que poderiam haver, os momentos que poderiam surgir, as conclusões, as risadas sem temores, os assuntos sem restrições. A liberdade de poder sentir vontade e sacia-la sem medo ou culpa.
E junto dela, em um complo sórdido e visceral meu média player vem e começa sua vingança: Ruas de Outono - Ana Carolina; seguida de With You - Linkin Park

"It's true the way I feel,
Was promised by your face...
The sound of your voice,
Painted on my memories.
Even if you're not with me
I'm..."

E com elas vem o ponto final.

Pouco a pouco, sem pressa...
Vi cada folha cair no outono sem me importar
Com a sujeira ao chão.
Pra mim era apenas um novo tapete, de folhas mortas
Simbolizando o nascimento de mais vida.
Foi bem assim com você
Olhei e não chorei
Sorri, você sorriu de volta
Eu olhava e você desviava. Porque?
Sempre desviamos o olhar daqueles que mais queremos olhar.
Timidez? Talvez...
Tensão. O toque surgiu. Medo?
Te solto, você disfarça com um movimento leve, indisplicente.
Não convence. Eu não ligo; me divirto.
Raiva vem: Brigamos, discutimos, nos chateamos, nos magoamos
So quem amamos magoamos, pois se não ha amor,
Afeição, não nos importamos a tal ponto. Nem ligamos.
Basta uma piada idiota ou uma amenidade qualquer (fingimos não ter sido nada) e voltamos. Do principio? Não sei... Serio, não sei...
Confusão: Vemos, ouvimos, lemos, sentimos... Não entendemos...

Rolou de um lado pro outro. Estava calor. Muito calor. Ele suava, transpirava. Queria dormir, mas o sono não vinha lhe buscar.
Conversara tanto. Pensara tanto. Refletira tanto. Já não sabia o que estava acontecendo ou quem era mais.
O medo lhe subia da espinha à nuca. Como jamaispnsou. Teorias, decisões, percepções. Nessa ordem. O faziam se perder. Cada vez mais fundo dentro de si. Ele só queria uma coisa. Ele queria voltar ao seu casulo, oco, se esconder. Como a anos atrás, voltar ao lugar que se sentiu mais seguro(só) mas seguro dentro de si mesmo.
Assistiu o filme pela terceira vez.
Apagou as luzes, desligou a tv e entre os lençois frescos tentou dormir mais uma vez.
Flashes. pessoas andando pela casa. Vultos, baratas nas paredes, no teto. Goteiras, sua mãe gritava. Ele levantou e caiu. Estava deitado. Virou na cama. Suava. estava quente. A luzverde da tv o enlouquecia. era forte demais. Flashes. Uma noite quente como aquela. Pessoas. risadas. O ceu sem estrelas. Ele estava buscando algo nas nuvens. Um olhar. Os olhos eram vermelhos. O castanho era preto. Vermelho. parecia normal mas compreendia.
Acordou. Se assustou. A mudança, a mudança; ele chorava, as lagrimas caiam quentes. Ferviam. Fogo. Queimavam. Ele queimava e ouvia ao redor chamarem seu nome, alto e em sussuros continuos, estranhos.
Ele virou na cama de novo, suava; estava febril. Tossia, engasgava. estava se afogando. E sera que ninguem ouvia?
Acordou(?). Flashes, mais vultos. a canção de balé, o piano de lá e sí ecoavam sem parar.
não conseguia respirar. Estava muito calor. estava com medo. estava finalmente chegando a loucura. Só queria uma coisa: Que tudo parasse, Que tudo cesasse. sem sonhos, sem luzes, sem medo, sem sons. Quis tentar.
Levantou desesperado. estava sufocando.
Já não importava se era real ou não.
Ilusões, lembranças, paranoias, medos, sonhos, febre...Não importava mais. Era seu 'Nunca Mais'; seu momento. seu ultimo ato.
E porque não?
Suava, estava tonto, cambaleou ate a cozinha em silêncio, ofegante. acendeu a luz, parou em frente ao relógio: 3:15 horas(o horario lhe agradava). Tomou um copo d'agua, o suor pingava, seus olhos ardiam.
Um som, passos. Seu coração disparou, ele sentou na cadeira mais proxima.
Era seu irmão. ele pegou um copo d'agua tambem e voltou para o quarto.
Ele se acalma. pensa: hoje não.
Olha em volta. sonha ou esta desperto?
esta tonto, tudo gira. quer dormir.
pega o papel e a caneta ao lado e se põe a escrever desesperado, rapidamente, sem pensar; tudo enquanto respira ofegante e as coisas ao redor parecem lhe observar,
No papel: 'Rolou de um lado pro outro. Estava calor. Muito calor. Ele suava, transpirava. Queria dormir...'

E então me pego pensando..E então me pego sorrindo, e então me pego chorando (ruim? bom? Não sei... E ai me pego escrevendo...:
　
Era noite, estava um calor dos infernos. Suor, cansaço, mas havia excitação no ar.
Pessoas o cercavam. Boas pessoas. Ele os adorava. Mandaqui, o troxa, o "abana abana" e ELE o bobo.
Risos, confidencias, constatações, A noite estava muito quente.
Conversas e lembranças de epocas mais felizes, tudo de repente parecia estar se encaixando( nem que fosse as mesmas antigas peças, não necessariamente as novas, que ele tanto queria), como se o tempo voltasse ou como se ele jamais houvesse passado. Quem dera pensou....
E então num momento o ceu lhe pareceu tentador.
Ele precisava olhar as estrelas. Mas elas não existiam. Ele precisava encontra-las. Precisava...
Risos forçados, ouvidos tampados mas que fingiam trabalhar, e a visão que não queria olhar.
Entre mistos de felicidade e decepção ele se viu numa loucura.
Momento impulsivo, errado, e então ele viu o outro observando ele, aquele que ele estava tão preocupado apesar de saber que não devia.
Viu ele olhar, e aquele olhar irreconhecivel, feito um leão adormecido com furia e pesar, fez ele recuar e vacilar um decimo de segundo e falar a coisa errada.
Foi o momento. Ele sabia. Mas não sabia se isso significaria desistir ou recontinuar. Porem o ceu ainda lhe seduzia. E então em meio as nuvens ele enxergou uma unica estrela azulada. E nela repousou seus olhos cansados. Deixou as lagrimas incompreensiveis lhe assaltar (escondido, em seu canto, para que nenhum deles em volta percebessem) Era seu momento, sua concha. Queria isso pra ele(pois a sensação de fugir era tentadora novamente)
Voltou, sem palavras, nada disse nada queria escutar.
Queria dizer uma coisa, mas não ousou, perdeu a coragem(e sabia que devia falar) mas não o fez.
Foi e ficou vendo o andar...ir, cada vez mais rapido, cada vez mais longe e sumir.
Em casa com seus iguais diferentes, sua familia, a mesma tensão que queria tanto escapar(que conseguira duas noites antes), e então em seus sonhos retornou a mesma noite quente que acabara de deixar.
Ao mesmo momento, a mesma coisa que deveria ter dito e não disse voltou a ressoar em seus ouvidos em seus sonhos.
Mas ali ele as disse, e o outro o ouviu.
O que se seguiu era um desejo...Mas como ali era um sonho não importa.
O sonho e o desejo nunca devem ser lançados como fatos antes deles passarem pela linha da realidade.
E então despertou. Viu a hora, sabia que não o reencontraria, sabia que nem precisava ensaiar o que sempre esteve disposto a dizer e fazer.
Mas já não havia mais magoa ou... Aquele sei la o que.
Novo dia, novos pensamentos e era exatamente isso que ficara: Pensamentos... Estes que agora preenchem um papel.
E são 21:12 horas. Ironia?

Um dia rsolveu se libertar
Romper cadeados, Quis se sentir
Precisava relaxar, correr, curtir
Arriscar, errar; ele quis se permitir
Arriscou, jogou, procurou, descobriu

A imagem, o espelho reflete dois
Três, um; freud explicaria
Na dança, algo querendo se libertar
Ele fugiu, ele correu
Tentou lutar se escondeu

Quis voltar a batalha
Quis tentar, contar,
Quis tentar saborear
Combater
Quis esperimentar, viver

Ele parou a dança
Respirou
Prendeu o choro
Se acalmou

Ali parado estava ele
- "Morra e deixe-me viver
É minha vez! Doce garoto"
Ele morreu. Ele sentiu.
Renasceu

E o que temia aconteceu
Se libertou;
Mas qual deles esta
Realmente livre?
Ele sentiu... e foi perfeito.

E eis que me peguei pensando na seguinte frase: "Você só pode fazer alguem feliz, quando fizer a si mesmo feliz".
E quando a sua felicidade depende da felicidade do ALGUEM?
Ta eu sei. Discusões a la "quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha?" nunca chegam e nem partem a lugar algum. Mas é relevante do mesmo modo.
Porem isso é o de menos.
A questão maior aqui é: Como ser SER em si mesmo e deixar de ser Ser em outro Ser?
Passamos tanto tempo nos espelhando em outros, querendo nos encontrar em outros, perseguindo, caminhando com outros, querendo outros, enxergando outros, vivendo em outros... Mas quanto desse tempo, nós realmente passamos tentando viver, seguir, entender e mais que isso, ser Ser em nós mesmo; dentro de nós?
Respondendo por mim: Nunca.
Mas como deixar a facilidade de se fazer ser alguem em outra pessoa quando isso é tão mais facil?"Se queres viver, desperta e luta" (Samuel Smiles) Sera que então é isso?
Despertar do longo sono de estar morto em vida, como um parasita, fazendo-se viver em outros, levantar e enfim lutar?
Dar a cara ao tapa. Aceitar que as vezes se bate, e as vezes se apanha. Que se perde e se ganha. E que algumas dores são necessarias, assim como as mudanças, os medos, as responsabilidades?
Aprender a se ver, e não só se ver refletir em algum espelho por ai.
Mas se enxergar, sem atrasos, sem cristais de areia. Ver quem realmente é e aprender a cada dia sobre um novo eu. Para então verdadeiramente conseguir ser Ser em si mesmo e em outro Ser. Porque enfim estara livre para cair e se apoiar nas proprias pernas pra levantar.
Não se tornar egoista, e não se importar, mas calcar seu proprio caminho e não fazer do caminho do outro sua unica trilha."Você "sendo" abre espaço para que o outro seja também. na tentativa de impedir isso, muitos abdicam de ser. ficamos todos pela metade. "(Pitty)
" ... medos a sua frente;medos que de tão estáticos permitem que você os estude como peças num tabuleiro de xadrez"- Bukowski
Escorrendo... Mas ja estou lambendo os dedos... Alguem servido?

Entre sonhos e desejos eis que:
Plataforma. Poucos minutos para as 23:30hrs - fora o horario marcado entre os dois.
Três cataracas funcionam somente. Um aviso numa das varias redes sociais que possuia: "#partiu rumo ao saber se o presente ficara no passado ou se podera virar um futuro."
Ele sabia o que significava. Era o que mais temia. Sempre fora o que mais temeu, sem explicação, sem sentido, sem precedentes; era ele e só ele que ele mais temia: o PRESENTE.
A tristeza se abateu novamente em sua pele, em sua têmpora, em seu peito.
Então ela lhe perguntou, ela que sempre estivera a seu lado nesses momentos lhe fez a pergunta: - Você esta bem?
Ele responde sem pensar: - Estou.
Mas não estava. Vozes ao redor lhe diziam em ecos falsos " esqueça de uma vez...esqueça.."
Então ele ergueu os olhos vermelhos que tentava esconder e disse a esmo: - Não estou!
As pessoas ao redor que o observavam preocupados silenciaram.
Ele não estava bem. Não poderia, porque dessa vez ele sabia, e tinha absoluta certeza, ele jamais estaria bem enquanto não soubesse.
Ele correu. Correu e correu. Seu corpo pedia descanso, suas penas clamavam indignadas.
Ele chegou a estação na hora marcada pelos dois.
Agora ele era o terceiro ali.
Aquele que ele sempre temera e que nunca vira estava a sua frente sorrindo.
ELE ria, aparentemente de alguma piada contada pelo outro.
Foi ele que o viu. O sorriso sumiu. O Choque a confusão expressadas nos seus olhos.
Ele girou a catraca e foi a seu encontro.
Um suspiro e um paso frente. Por que ele simplesmente não podia sair mais uma vez sem ao menos tentar.
- O que você esta fazendo aqui? - ele lhe perguntou.
Olhos nos olhos.
E então ele finalmente disse em palavras o que sempre somente expressou no papel..finalmente chegara a hora da verdade.
- Eu...

Re-liga o carro e dá a partida

Sem saida, sem saida

A curva bifurga e cai

E não sai, e não sai

De dentro pra fora a guerra instalou

De fora pra dentro nada ecoou

O grito não sai, a cara pintada se lavou

Os tangues de guerra viraram alegorias

Descaso todo dia, descaso todo dia

A lança só fere se for na tv

No Leblon todos vêem , no Leblon todos vêem

Bandeiras e mãos no peito so pela bola que rola

O sangue que ferve no patio das escolas

A parede que quebra só interessa... A quem?

Revolta mental, guerra interna

Moedas, em troca de puras pedras

Madeira consome vintens

O rosto de vidro não pertenci a ninguem

Quebra e cola - Pra quem? Pra quem?

*"Olhou para o lado e viu em um deslumbre o que nunca aceitou: seu lado sombrio. Foi em direção do próprio reflexo, tinha medo daquela versão...
...mas não se reteve, foi até ela, entregou a adaga prateada à imagem obscura de si mesma e disse: - mate-me, para que eu possa me encontrar!
Sem recusar,a Sombra, enfiou a adaga dentro do coração da jovem menina e se apoderou do corpo ao qual, também a pertencia. Lágrimas sairam e um sorriso místico e sarcástico brotou na face da menina; ela era completa agora.
Vestiu uma roupa qualquer e ganhou a rua"

*Lucas Menon

E ela linda, os focos de luz nela, ela era a atenção de todos, a doce garoda... A Sweet Girls... Sweet Girls... Sweet Boy...
A luz se apaga.
E tudo que se escuta são as asas do Cisne Negro voando ao longe...
O garoto perfeito. O filho perfeito. O aluno perfeito. O amigo perfeito. O irmão perfeito. O colega perfeito. O funcionario perfeito. O escritor, o poeta perfeito. A pessoa perfeita. O vizinho perfeito.
Olhar vago - Nunca encara aquele com quem esta falando - Se lhe olham... Ele desvia. Cabeça baixa, andar recatado.
Voz baixa, nunca brigou ou briga, nunca se atreve a responder a seus pais ou a uma autoridade.
Não relaxa. Não se diverte, não vive como deve. Não aproveita. Pensa nos outros, se preocupa sempre em ser aquilo que os outros querem.
Caminha de cabeça baixa. É bonsoso. Ama animais, não maltrata, tem pena ate das baratas - as mata mas não quer que elas sofram- É meigo. Faz de tudo para animar, ajudar e querer bem o proximo. Mesmo o inimigo lhe parece alguem que precisa de sua ajuda.
Não engana. Não mente. Oculta... Oculta...
Sempre obedece as regras, tem medo... Medo...
Nunca responde a uma afronta, prefere ouvir e deixar passar...
Chora, mas nunca perde a calma, se estressa, mas nunca quebra copos... É sozinho... Pois se fecha em si mesmo, ele oculta... Oculta...
Cisne Branco... A beleza, a leveza, a pureza, a virgindade, o recanto, o recato, a calma e delicadeza, a bondade, a alma que precisa ajudar e ser protegido... Protegido..
De quem?

A luz se apaga.
Caos. Nada se vê, nada impede.
Matar, sangue, violência, sensação de exploção.
Magoa, maldade, sem se importar, sem medos, sem receios, sem pudor, sem recato... Sem remorços ou sensação de culpa.
Luxúria, depravação, morte, sangue, risos, raiva, odio, orgulho, maldade...
A luz se apaga... Grito, euforia... Tudo que esteve adormecido quer sair... Quer se libertar...
Cisne Negro voa mais baixo... Quer dançar... É sua vez... Ele esta lá... Ele quer vir... Ele quer sua vez... Ele quer Ser...
Negro... Preto... Escuro... Soturno...
Paranoias... Loucura... Extremos... Ele precisa se libertar... Mas e o medo de se machucar... É destrutivo sem controle... É fenix que surge e tudo destroi, não é quente... É destrutivo... É aniquilação... É não se importar... É machucar... É ver sofrer e não ligar, é gostar... É sangue quente e formol... É ele... É ele... O que espera sempre esperou ser...
Tudo esta o redor; lhe observam; querem levar ele ... Querem levar a luz... Querem apaga-la... Já não suporta mais conviver em dois sendo um... Não quer esperar... É morte... É dor... É riso... É loucura insana..
É Cisne Negro... É perfeito... É imperfeito...
É luxuria... Capaz... É sem olhar pra traz... Inconseguência... Nada seguro... É sub mundo... É sub humano... É sub vida é sub existência... É sub em si...
É... é... éé...
Ele dança... Focos de luz nele... Os olhos fecham... A cortina abaixa... Aplausos... Ele respira fundo e abre os olhos...

Willian Augusto

Ja me vi em tantas situações, em tantos momentos, em cada lapso de sentimentos e sensações. Mas creio que de todos nenhuma supera ou superara meus medos, meus anseios diversos que são muitos e um só ao mesmo tempo.
Sempre que conto sobre mim sou obrigado a citar "meu livro" minha historia..aquela que me fez ser quem eu sou.
Mas as vezes percebo que não sigo ela totalmente.
Ali os maiores dons, as maiores virtudes de um Homem, é ter coragem, determinação, amor, e não aceitar o destino como ele é. E sim fazer seu proprio destino, buscar seu proprio caminho fazer suas escolhas, sempre permitir-se errar, se machucar, mas se isso significar uma minima possibilidade de um BEM MAIOR; saber que valera a pena..isso é coragem.
Mas nem sempre eu sigo isso.
Tenho medos, sempre os tives.
Medo de não ser quem os outros querem que eu seja, medo de não corresponder as expectativas que outros tem de mim, e que as vezes eu mesmo tenha de mim mesmo. Medo de descobrir que eu não sou, apesar de achar que sou algo.
Medo de ter, algo ou alguem e não merecer, e não saber lidar, de conseguir e não conseguir manter. Medo de querer, e no final acontecer, e não conseguir saber o que fazer com isso ou com aquilo. Medo de não ter nada, de perceber que não valho a pena ou que o outro não vale tanto assim. Medo da decepção, medo da magoa, medo da dor, medo da propria felicidade.
Medo de poder, descobrir poder, de haver a possibilidade de, de poder ter o poder, medo desse poder, dessa força, dessa possibilidade dessa... Que não sei o nome ou o que é.
E medos de perda, medo de perder, de ver partir de conseguir haver o apego e não existir mais. Acho que de todos é o maior medo, de perder.
Sempre foi assim.
Por algum motivo sempre me convenceram os que me amaram os que estiveram ao meu lado, de que eu podia muito, de que eu deveria querer, de que eu devia me permitir ser, de que eu devia arriscar ser.
E todas essas projeções, ao longo do tempo foram me dando inseguranças ao invez de segurança..ironico não?
Por que e se eu fosse e se eu ousasse me mostrar e se eu ousasse demonstrar e ninguem gostasse, e ninguem se convencesse, e ninguem notasse?
Ansiedade, uns dizem que é isso, outros, que eu simplesmente me acostumei ao acaso, ao deixar e ao prazer, felicidade, bem estar de outros e nunca no meu, porque? Por que nunca achei (acho) que valho tanto...Porque as vezes é mais facil, se ver no outro, do que realmente se ver... Porque sempre me preocupei em mostrar o meu melhor e nunca o meu pior..e quanto se guarda tanto tempo os defeitos, eles podem vir a tona de uma hora pra outra..e o que farão, como julgarão, quando descobrirem? talvez seja por isso que nunca entrei numa relação de fato, talvez seja por isso que nunca interagi muito com colegas de trabalho, ou de escola, talvez seja por isso que eu e minha familia sejamos as vezes tão estranhos quanto desconhecidos na paulista.
Eu guarda, eu oculto, eu escondo, justamente pra não revelar, não deixarem ver o que posso realmente ser, ter, poder, querer, perder.
Talvez eu apenas devesse esquecer isso, e um dia, apenas um dia; arriscar; e ver no que dá. me permitir ouvir o não, nunca, jamais, o riso de vergonha alheia, o dedo apontando, a cara de dó do outro, de indiferença, de decepção, de irreconhecimento. Somente para calejar e assim o medo, a insegurança passar.
Porque definitivamente não confio em mim mesmo. E não vejo alguem que pareça realmente confiar e não que apenas diga, demonstre isso pelo simples motivo de me agradar.
As vezes escutar certas coisas fazem bem. No olho, no olhar, na cara.
Passei de uma fase, onde mudei. Aprendi a reconhecer o que quero. Aprendi a saber e decidir o que sinto de fato, sem confusões(no geral, claro).
Mas ainda há aquele medo maldito(o mais cômodo) de deixar. Porque mudar? Porque buscar se pode falhar?
Aquele medo que nos faz sentar e esperar vir aquilo que quer, que deseja, que precisa e não levantar e ir buscar. Porque levantar e ir buscar significa poder cansar, e não conseguir mesmo tendo corrido.
O permanecer sentado, significa estar na mesma se vier, otimo, se vier e não for, otimo tambem porque não muda, continuarei estando sentado.
Mas hoje já não quero mais isso. Mas ai vem o querer, poder, perder de novo.
O não saber tambem me assusta. O imprevisivel..mas esse chega a ser prazer as vezes adrenalina. Não é medo...é mais um : sera que pago pra ver?
Sera que corro, pra ver?

Quero alcançar02/02/11
Sei que não é certo falar de amor, quando ele não é reciproco.
Sei que não consegue ver assim, sentir assim e não quer pensar assim.
Mas eu penso, eu sinto, eu vejo assim.
Sei tambem que na verdade você só queria que tudo continuasse como era, como foi, como devia ser; assim hoje, estariamos discutindo sobre aquele texto que não quis me mostrar, sobre aquele que é mais sensual ou mais feio que o outro, aqueles que é pegavel ou não. E não como hoje, tomando cuidado para não magoar ou sair magoado, tendo que medir palavras e atos.
Sei que não foi um ou outro; aconteceu, foi, é, mas não sei se sera.
Hoje estou pronto pra arriscar(mesmo que dezenas que adoro possam sair machucados - assim como eu sai a um mês e alguns dias atras) mas percebi que preciso disso, preciso saber de uma vez se poderia ser ou não. Ao menos quero ter certeza que tentei, que arrisquei e não só aceitar e riscar meu rosto diante do espelho(como só vc sabe o que ocorreu).
Sei que hoje tenho certezas, sei que hoje tenho coragens, sei que hoje tenho objetivos, sei que hoje aprendi a enxergar apenas o que esta ali de fato e não somente a imaginar, sei que já não tenho mais dependência, sei que posso ser um só; mas tambem sei que não aguento mais nenhum minuto não arriscar, não tentar ser Um ser com você.Pra você?
Havia o medo sim havia e sempre havera, porquê quando não houver mais o medo e se não houvesse nem adiantaria tentar.
Quero alcançar... Me deixe ao menos tentar... sera?

Cansado
Essa é a palavra.
Revolta
Esse é o estado.
Palhaçada
Essa é a situação
Injustiça?
Essa é a conspiração
Merecimento?
Essa é a questão
Cansado de lutar, de fazer de se importar. Ele ja foi tolo, já foi trouxa, ja ouviu, leu, se importou, ja suportou apontarem, acusarem, desdenharei e fingiu nem ligar.
Sabe a condição de guardar e guardar? É assim. Parece sempre melhor: deixa passar... e saiba levar.
Mas quem disse que é facil?
Ceder e prefirir ficar a sombra e apenas ser observador já não dá mais.
Se o inferno o espera? Pra ele: Que seja. Uma passagem de ida ate la sem volta por favor.
Cansado de ser apenas o bonzinho, o compreensivo. Cansado de ninguem dar valor e ainda exigirem o que ele não pode oferecer e ainda assim tentar, se mutilar, se culpar e crucificar apenas por OUTROS e nunca por ele mesmo.
Dizem que isso vem do signo. Canceriano. Que seja...Ele não se importa mais.
Cansado é a palavra... Cansado de levar, cansado de apanhar, cansado de so ver e nunca agir ou falar, cansado de se conter e nunca se revoltar, cansado de ser o ouvinte, cansado de ser o idiota que pensa demais, que nunca se dá o devido valor e projetar nos outros mais do que as vezes eles mesmo são.
Viveu tanto tempo sozinho que o medo de perder o que vê ao redor hoje, suma. Mas o que adianta apanhar na cruz se nesse caso o ceu não o espera? Se esta vivo e sente a dor, sente a magoa?
Cansado é a palavra. Cansado...
E ele só quer gritar...Gritar e que o mundo morra com seu grito...ahhhhhhhhhhhhhhhhhh....!!!!!!

Realidade Utópica no Face

Featured Posts

Utópicos

Contact Us

Utopicos ate o momento

Arquivos

Fronteiras

On Line

Curta Realidade Utópica

Atalho do Facebook

Popular Posts

Instagram

Facebook