janeiro 2011

É morte, é cala, é fala, é asa
É faca, é massa, é 14, 32, 39, 89, é 2010
É sangue, é punk,é cristo, é avalanche
É miseria, é riso, é palanque
É povo gritando: dance, sambe
É palavra incontida: não lance, não não lance
É rosto sujo, é malária
É aids, é piada.
É doença, é inocencia
Irreverência, destreza, pobreza
É carnal, vamos pular carnaval?
É ironia, é mar sem sal
É morte, é cala, é fala, é faca
É amarela risada
Estampada na cara.
É mata, é cala, é mata é cala, é cala, é cala é mata..mata...

Sou paixão, sou amor, tesão, luxuria, sexo, putaria, masturbação
Sou geme, sente, quente, suor, cansaço, prazer, uma, duas, três
De quatro, o rabo, o pênis, a vagina e os dedos, sou loucura e satisfação
Sou amenidade, sou frivolo, sou simples, apagado, sozinho
Sou sem sal, sem graça, normal, recato, santificado e seu nome
Sou parado, mole, travado, confusão, covardia, insatisfação
Nojo, frieza, odio, rancor, indiferença, virgindade, sem vontade
Nunhuma, nunca, não, jamais, o cinto, a corrente, a feiura, a tristeza
Sou assim frente e verso, que só quer encontrar o de lado
O morno que pode ser quente, ou pode congelar
O humano que pode ser gente ou pode continuar a andar.
Sim, sou este, um simples bipolar.

Sigo pistas; será que vou achar?
Na sua lágrima, meu sorriso
No seu choro a minha dor
Eu te observava calmo
Sob mil assas se debatendo pelos cantos
Era o inicio de primavera
E seu aroma vinha me perfumar
Um olhar, uma boca, um sorriso
Um timbre, mais alguns cliches
Já a tempos ditos
Era o bastante pra nos alcançar...
Houve chuvas, houve trevas
No escuro você foi a luz
E no calor do inferno, você foi a sombra
Que me refrescava...
Houve segredos, prazeres sem fim
Houve caricias, tremores, suores
Houve paz, sim houve; mas tambem
Houve inquietações, fantasias, ilusões
Houve elo, retilinio, incompleto
Houve vida onde tudo se fazia concreto
Então a lágrima surgiu da emoção
Então o sorriso veio do coração
Então veio o choro na sua ida
Então veio a dor na minha partida
O Fim sé chega no ponto final
A lembrança que fica, torna tudo isso imortal
Sim posso hoje estar no silêncio profundo
Mas a cada primavera eu escuto
O sussurrar da sua voz, nas palavras nunca ditas
Bem aqui no fundo: te procuro... Te procuro...

Escurecera rapido naquela noite
E tudo que ocorreria em mim
Era a lembrança daquela luz
A luz fraca que não significava
Esperança e sim execução
A luz da lâmpada antes de acordo
Prender no pescoço
Mas o pior não era a luz
Ou a corda, nem mesmo a razão
Ou a lembrança, e sim o que
Me atingia ainda hoje:
A visão da morte
A visão da luz fraca
E os meus olhos que puoco a pouco
Se acostumavam àquela luz
E o pior era que eu estava começando a gostar
A gostar das luzes, das viagens
E das cócegas da corda
E a noite finalmente: Deusa da neblina
Permanente, me mostra o que não
Quero realmente ver:
Estou vivo ainda em outro ser
Não em carne, não em osso
Mas em algum coração pulsante.

Vilões, desceremos
Maldições; prezaremos
Guarnizões; guardaremos
Por amor; mataremos
Redenção; criaremos
Perfeição; buscaremos
Sonhos; subiremos
Pelas mentiras; agradeceremos
Razões; deixaremos
Perdões; pensaremos
Lições; levaremos
Canções; cantaremos
Pela visão; agradecemos
Orgulho; alcançaremos
Pecados; cometeremos
E por todas as dúvidas
E caminhos a seguir; oraremos!

Lá, meu filho morto
A vida que trouxe e uma tirou
Lá,com meu filho em sangue em meus braços
As mãos enterradas em seu sangue
Sangue em meus dedos
Sim! Lambi o sangue de meu filho
De meus proprios dedos!
Sim! Aquele sangue era meu
Lambi o meu sangue!
Pois não tenho nojo de meu filho
Meu filho... meu filho morto...

Transcrição parcial do poema final citado no filme "O segredo de mi madre"

Vejo o momento da dor,
Vejo o momento do vazio
Vejo a felicidade escanacarada indo
Vejo algo que não sei o que é
Uma sombra talvez?
Indo... Partindo...
Por algum motivo hoje acordei com pesar.
Uma saudade do que nunca tive
Um querer do que nunca terei
Um sabor do que jamais experimentei..
Estou com sensação inexplicavel de perda...
Sabe, um aperto no peito, um vazio na barriga,
Uma vontade de chorar sem motivos aparente
Como se algo ou alguem tivesse ido, partido pra sempre ou por um longo tempo
E nunca mais fosse voltar...
Como se algo houvesse se rompido ou estivesse prestes a se romper
E eu não sei o que é... E espero não descobrir
Mas se o acaso alguem me ver chorando, deixem minhas lagrimas correrem
Pois nem todo choro é ruim... Alguns libertam assim como,
A agua contida em nós:

"Então sai... Deixa correr
Toda a Agua Contida
Então sai... Deixa correr
Toda mágoa velada
É agua parada
E uma hora transborda" ♫

Viaja. Inala essa cocaína.

Perceba, isso aí é só mais uma heroína da vez

Cresça, e veja o que a fumaça esconde

Onde o cavalo quebrou a pata e morreu

Desça, até o último andar e ande

Veja, o quanto é delirante o alcool lhe subiu a cabeça

Apareça, e mostre o dedo, o mesmo que aponta direto pro mundo

Imundo, forneça o descaço a cada segundo

Olhe, já não basta ser só mais um bonitinho

Reaja, e a cada hora atrasada saiba quantas crianças morreram.

Anote. Esnobe. Se importe, com miséria e doe aquele trocado

Assim você vai pro céu

Ao leo, compare, ache aquilo que tanto prometeu

E subitamente pare, acabe;

Porque essa prosa humana deu seu último suspiro

E morreu. Amém.

Ele então despertou.

Resolveu mudar.Mais uma vez.

Aquele que veio, foi embora e deu lugar a outro. Este. E este só surgiu para dar as boas vindas àquele que chegará apartir desse ponto final.

Não mais falará de amor ao Outro. Não mais se submetera ao sofrimento público. Não mais se exorcisara através de palavras pessoais.

Ainda estará na condição de Ser, Sentir e Querer.

Mas já encontrou outras projeções.

Nova fase, um novo Eu Ele encontrou. Seja tarde ou cedo demais; pouco importa.

Porque ele despertou.

E são só nos nos sonhos que o importante é saber a hora de acordar para não sucumbir a uma ilusão sem fim ou um pesadelo sem final feliz.

Ele então despertou... Acordou e nunca se sentiu por isso mais vivo. Nada mais importa e é isso que importa...

Ele despertou... Despertou... Des...

Um cara anda pela rua e tal.
Vê a miséria, a discordia, a pobreza fatal.
A mulher pedindo esmola.
Nem vê.
Chega em casa. Assiste a novela. Chora com a miseria da Lapa, se indigna com as mortes no jornal.
Parece ver.
Num bate papo, jura morte a politica,a raça falha, expressa sua dó e lamenteo. Com sua cerveja na mão, amaldiçoa os vagabundos e as putas.
Fingi não ver.
Domingo, missa, igreja, se confessa, visita orfanatos, dá seu donativo.
Aparenta ver.
Volta pra casa, com a janela do carro fechada, olha o malabarista e a mesma mulher pedindo esmola. Chega em casa, assiste a novela, chora, se indigna com o jornal, bate papo, amaldiçoa, vai a igreja, se confessa, da o donativo, e volta pra casa...
Nunca viu.

Não importa o caminho, o tempo, a espera, a profundidade do mar, do oceano, ou o quão quente está a areia sob os pés, ou mesmo o quão escaldante esta o sol sobre a cabeça, tudo tem seu momento. Momentos que vem, momentos que vão. Momentos que ficam. momentos que não chegam. Eis a vida. viver e fazer estar os momentos. E neste momento estou a vivé-lo.

Haviam muitos ali.
Cada qual tentando ser Um. Ser alguém.
Era uma leta feroz. Uma batalha por espaço; pelo holofote.
Uns preferiram gritar.
Outros viram na dor o jeito mais facil de se mostrar.
Outros embarcaram no riso.
E outros mais tentaram nas mentiras encontrar suas armas infaliveis.
Houeve uns que adotaram a verdade... E esses estavam perdendo pouco a pouco.
Na arena uns outros cairam... Não me lembro quais eram.
E quando a batalha parecia perdida e ganha para uns e para outros
Outros mais vieram e cada qual se armou contra os que ali já estavam
A arena era eu. A era sou eu.
Todos estão aqui dentro, numa luta incansável para adotar meu nome. Minha identidade.
Mais um guerreiro caiu. E outros dois se levantaram.
Continuo na luta de mim contra mim.
Espero que eu vença. Mesmo sabendo que de todo modo serei eu que sairei derrotado.

Já pensou em um único dia parar?
Não simplesmente parar de se mover, não só isso.
Um dia. Na rua. Enquanto anda. Parar de uma hora pra outra. Um dia no trânsito, encostar o carro no acostamento? Um dia na academia, na hora do almoço, no banho, em frente ao computador.
Parar?
Só parar.
Deixar-se ver a vida passar, observar, não pensar em nada e deixar seus pensamentos virem como querem, sem projetar nada, por osmose, irem e virem sem interferir.
Parar, e so observar como o mundo lhes observa, como o tempo passa ao redor. Somente parar.
Já parou?

Ha tantas pessoas no mundo
Tantas mentes, tantos corpos tantas almas
E às vezes só queremos e so precisamos de uma
Há pessoas que mentem
Há pessoas que amam
Há pessoas que fingem
Há pessoas que são verdadeiras
Há pessoas que enganam
Há pessoas que escondem
Há pessoas por ai roubando
Há pessoas por ai fazendo o mal contra o bem
Há pessoas que inspiram outras
Há pessoas que estão curando
Há pessoas que estão nesse momento chorando
Há pessoas que odeiam
Há pessoas que estão perdidas, sem rumo
E há pessoas por ai sonhando
E mesmo assim as vezes só precisamos daquela pessoa
Que esta por ai vagando, a pessoa que estamos esperando.

Ser, crescer, saber, ter, ver e conseguir prever.
Talvez não nessa ordem mas unicamente hoje: exercitar a paciencia e ter esperança no que pode ser, crescer, saber, ter, ver, e conseguir é o destino que quero seguir.

Hipocresia me mata.

Então explodiu. Cansou de se cansar e nunca descansar.
Viu tanto, escutou tanto, e ao mesmo tempo ocultou tanto, fingiu não ver, fingiu não escutar, fingiu não sentir, fingiu não se importar. Fingiu aceitar. Fingiu fingir. E cansou.
Cada um só sabe onde termina o proprio rabo, se este iniciar o do outro. Pra que?
Sera que é tão dificil ver as coisas como são? Ou mesmo parar, e não pensar, não ver ou mesmo se limitar a sua propria limitação.
"Tenho é nojo de assassinos e estupradores". "Tenho vergonha e me incomodam os erros que atingem outrose continuam assim por falta de alguem bradar"
Sim, sei que é dificl tampar a cara só pra não ver o quão marcada esta a propria face, enquanto o chicote em suas proprias mãos marcam o rosto de outros. Mas ninguem se atreve ou se dispõe a tentar. Porque é mais facil julgar que ser julgado. É mais facil deduzir do que se deixar ser deduzido. É mais facil projetar que se deixar ser projetado ou se auto-projetar.
E ainda virá aquele que dirá: Isso foi pra mim? Isso foi pra quem? Ahh bem sabia que você ia pensar assim.
Humanos são as "coisas" mais belas e feias que existem na vida. A vida por si só é assim tambem, só somos reflexos dela.
Mas o que tenho que aprender é saber dividir e dosar. Aos escrotos minhas merdas. Aos que valem a pena minhas conciderações. Aos malas minhas alças quebradas. Aos hipocritas minhas falsidades. Aos amores minhas paixões. Aos estranhos e loucos minha amizade e afinidade. Aos talentos meu reconhecimento. E aos eus, meus outros eus.
Porque querendo ou não estou (sou?) em meio a humanos. E tenho caracteristicas dos mesmos.
Por tanto a vocês que sentiram tais carapuças lhe cair feito luva de couro num inverno latente: Minha ironia, misterio, incompreensão, confusão, sarcasmo e marasmo. E Por hora, meu ponto final.

Ainda bem que sempre existem outros risos, outras coisas, outras pessoas, outros fatos...

Dizem que injustiças são apenas atos isolados inevitaveis.
Sim eu acredito nisso porque jamais conseguiremos manter o bem estar em e nem de todos.
Uns precisam sofrer para outros poderem rir. Uns precisam chorar para outros poderem sorrir.
A felicidade sempre dependera da tristeza.
Não ha paz sem guerra e vice versa. Sempre numa luta havera um lado perdedor para que o outro vença. Sempre havera um outro lado, uma outra pespectiva, um porem, um mas, em tudo. A vida é feita de varios e não só de um.
Sempre ha o outro lado da moeda.
É assim.
Mas: Ainda bem que existem outras coisas, outros risos, outros...

Pecado se é é certo ou incerto ninguem me contou
Verdades quais as que devem ser ditas ou ocultadas
ninguem me falou
Na hora do silêncio o que restou?
Uma flor de espinhos...
Se é fé, me mostre como rezar
Se é odio me mostre como sorrir
Seja pedra, fogo ou agua me ensine a voar
Uma flor de espinhos enrolada em mãos de aço
Casca grossa impenetravel
Olhar? Descaso? Punição?
Aquarela sem cor...
Flor de espinhos... Que não protegem, só se fazem ver
Só fazem sangrar
Flor de espinhos que insiste em querer me alcançar...

Revi conceitos sem nenhuma importância
Dediquei a ela toda a minha inocência
Vi o quanto dois em Um podem se tornar três
Percebi que ainda não era chegada a minha vez
Sentado no banco de fogo
Para tentar derreter o gelo em mim
Me vi feliz, mas como nunca antes
Mais e mais só
Parei e questionei: Tera sido a escolha certa?
Ou apenas uma escolha... Por querer escolher?
São muitas perguntas, poucas respostas
Varias duvidas e uma só certeza
Nasci para ser só
Ainda que encontre Aquele que caminhará
Ao meu lado, ditando o caminho
Ainda que juntos,sempre sozinho.

E eis que de repente ele se viu bem.
Estava contente com ele mesmo, não satisfeito; isso nem de longe; mas pela primeira vez estava bem.
Enquanto há desejo não ha paz... Ele concordava, mas tava disposto a ter apenas o bem estar, mesmo sem paz mesmo.
Então ele lembrou, sem querer; mais uma daquelas ocasiões que nossa mente e nosso coração conspirão para nos ferrar.
Lembrei e fui ate confirmar..Não podia ser..Era coincidência demais, ate pra ele.
Mas era verdade, sua memoria não o enganara.
No mesmo dia em que pensou que iria se libertar, beber, rir, se permitir, se jogar; por ser o dia que marcara os 4 anos daquilo que o fez completo em seu SER; ele lembrou que tambem seria o dia em que completaria um mês, desde que ele se viu morrendo em vida, dia apos dia.
E agora, é o que ele pensa. Como conseguira lidar com mais essa peça que a vida insiste em colocar em seu caminho?
Porque o dia de maior tristeza e sofrimento para ele tinha que ser o mesmo dia que tambem ele deveria e queria comemorar o nascimento de algo tão importante e necessario a ele tambem?
Porque? Porque? Porque? Porque?

Musica: Vento No Litoral - Legião Urbana

Minha alma verte tais versos:

"Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem..."

Uma vez me disseram: temos que dar a cara ao tapa.

Entre risos e lagrimas, descobri um mundo novo
Não farei versos pra explicar o que é, pois é algo sem explicação
é vívido é emoção, é segredo, é amizade, é um laço que não se rompe, nem na eternidade.
São essas que imagino ser a forma mais claro de Dois Polos se fazerem ser Um.
O que me conforta nessa hora é a dor.
O que me castiga no mometo é o amor.
O meu sofrer é apaziguar meu viver.
O meu sorriso é brincar com o que se ver.
Sim, o que conforta é a dor, mas só quando ela vem do amor
sim, o que castiga é o proprio amor, mas quem nunca pecou
sim, sofrer pode apaziguar um sofrer, mas é o sorriso é a palavra a cada madrugada, a cada dia que me faz ver, o quanto é especial cada momento com você!
meu presente de amizade, é um ato minimo diante do seu talento.

Não continuei pois não há continuação, não me lembro qual sentimento estava reinando em mim no momento em que escrevi isso. So sei, que sei pra quem foi e sobre o que fala. A pessoa em questão identificara na hora, ou não. Isso não importa. Coloquei como titulo: fragmentos; pois espero um dia poder terminar tal escrito(relato).

Decidiu por fim se reencontrar

Seja na busca ou na ida, ele há de se achar

Perdido por tanto tempo

Sem ver, ouvir ou enxergar

Na multidão se viu só

Na semelhança se percebeu estranho

E na bagagem que carregava encontrou um peso que não era seu

Quis gritar, quis fugir, quis nem ligar

Quis dar o troco, se acabar, desistir, lutar sem encarar

Com a espada na mão mas sem armadura, com escuto mas sem planos de luta

Voltou, viu que não era assim tão facil agir ou mudar

Parou, percebeu que não podia mais negar

Era um pranto sem lagrimas

Um calor sem chamas, um gelo sem frio

Um oco, toco, osco, pouco, fosco, morto

Viveu em morte, mas hoje morre em vida

Vê que seu passado esta ali escrito e que não ha borracha capaz de apagar

Resolveu pular, paginas sem correr os olhos nem dobrar paginas para marcar

Soltou,

Ele então encarou,

Pensou,

Sou, vou

Acabou, chorou, percorreu mil leguas sem saber nadar

pedalou quilometros sem saber pisar

Queimou, pousou, alçou novo vôo

Calou

Se reencontrou

Sentiu, correu, pulou, dançou, parou

Desistiu e retomou

Num pensamento rapido se reconheceu, se comprimentou

Viu que era um comum de varios,

Se misturou

Aprendeu, ensinou, se conformou mas lutou

E hoje sente o que foi, é e será

Uma sensação sem sentido

Um mundo perdido

Um ser sem nenhum resquicio

Um errante eternamente procurando seu caminho

Ele se acalmou... Aceitou...

Olhou e sorriu;

Procurando hoje ele sussura:

Te sinto... Te sinto...

Se tento me lançar
Se tento me cobrar
Se tento me levantar
Se tento me acalmar
Se tento refletir
Se tento falar
Se tento escutar
Se tento me ouvir
Se tento te ouvir
Se tento repetir
Se tento buscar
Se tento caminhar
Se tento me calar
Se tento repensar
Se tento chorar
Se tento sorrir
Se tento chorar
Se tento me cobrar
Se tento apenas berrar
Se tento enxergar
Se tento arrancar
Se tento sangrar
Se tento me abster
Se tento me encontrar
Se tento recobrar
Se tento aceitar
Se tento me lembrar
Se tento te esquecer
Se tento reaver
Se tento promover
Se tento abater
Se tentocomeçar
Se tento convencer
Se tento terminar
Se tento crescer
Se tento ver você
Se tento te entender
Se tento estender
Se tento aparecer
Se tento me fechar
Se tento me proteger
Se tento lhe proteger
Se tento abandonar ou fazer
Se tento deixar ou perder
Se tento achar
Se tento reclamar
Se tento agradecer
Se tento facilitar
Se tento respeitar
Se tento tentar
Se tento desistir
Se tento alcançar
Se tento reencontrar
Se tento destruire tento conseguir
Se tento ferrar
Se tento abençoar
Se tento conduzir
Se tento deixar levar
Se tento me contentar
Se tento me alegrar
Se tento perecer
Se tento retalhar
Se tento assassinar
Se tento amar
Se tento não sentir
Se tento amaldiçoar
Se tento odiar
Se tento usurar
Se tento festejar
Se tento me vender
Se tento me vendar
Se tento afundar
Se tento sonhar
Se tento finalmente acordar
E se tento... Só consigo tentar....

Mascaras que ocultam seus jeitos e suas farsas
me sinto afastada, deixada - solitaria.
As vezes percebo que sou chata
As vezes penso que sou fraca
Cada vez mais alta, me sentindo baixa
Numa existência forte, gasta e falha
Cheio de caras, bocas, narizes, choros e risadas
Ás vezes noto que o mundo tem várias faces
As vezes vejo que procuro em tudo um vestigio de alguma alma
Um espirito, um santo, algo que contenha fé
Que me livre de pecados que cometi
E que às vezes torno a cometer
As vezes acho que sou louco
As vezes sinto que faço perguntas demais
Porque questionar? porque, eu; julgo?
Quem decidiu o que era feio? Quem escolheu o bem e o mal?
Quem resolveu, resolver tudo com dinheiro?
Por que me questiono, me julgo e me vendo?
As vezes reparo que eu percebo
As vezes me reparo olhando no espelho
O espelho que reflete tudo, sem escolher o que irá refletir
Seja feio, negro,bonito, branco, pardo, amarelo, baixinho
Alto, calvo, careca, cabeludo, gago
Mudo, cego ou surdo
O espelho que reflete tudo
O deficiente, o bicho, a gente
O ladrão, o espião, o trabalhador, o dono da missão
O operario e o capitão, o rico, o pobre
O falso, o verdadeiro... E até mesmo eu
Eu que as vezes me acho falsa demais para encarar a realidade
eu que as vezes me sinto verdadeira demais para conviver com falsidades
Nesse espelho que se chama consciencia
Eu me vejo refletida, deixo a confusão de lado e descubro o meu enigma
E que as vezes quando acho que sou falsa
E as vezes quando me sinto verdadeira
Na verdade percebo que estou na realidade
Onde as pesssoas se escondem por traz de máscaras
Demônios mascarados de anjos, animais mascarados de humanos
Fato que só não via antes
Por estar com os olhos vendados
Pela minha propria máscara
A máscara de ser humano.

As chuvas de verão
Vão me trazendo pouco a pouco a sensação
O que me prende ao chão
Ja não parece haver explicação
Me deixe perto de algum escuro vão
Me leve pela mão
Até você...

Os muros do perdão
Me puxam, me empurrão
Tentação
Tentando, retirando a reação
De ver o que acontece atravez do seu portão
Quem esta com você?

Viajo em emoção
Reflito, fujo e brigo sem razão
Me jogo e prevejo ocultação
Engano-me sem nenhuma suspeita
Veja bem,
Não quero admitir, acreditar
Que posso ser assim, perfeito ou que há
Alguma porta que fecha e eu sem saber
Quem é você?

No espelho popular
Me embalo com as perguntas a dançar
Mesmo com Ele e todos, me vejo só
E sei que so estou pleno e com alguem
Quando é com você...

Não quero acreditar, que possa ser assim
Ou que já é
Esperança vem nascendo e eu perco a fé
Como podia ser minha exessão?
Logo você?

Me ponho a cantar
A escrever a me exorcisar
Te xingo, me afasto pra voltar
Prometo nunca mais me apaixonar
Você me fez querer e tentar fugir
De você...

Não posso evitar
Sorrisos não contidos ao despertar
Aquela sensação de suspense ao te abraçar
O medo recorrente de te beijar
O olhar de relance ao te observar
As voltas idas e vindas que a vida dá
Até você...

As chuvas de verão
Vão me trazendo pouco a pouco a sensação
Que ja não parece haver nenhuma explicação
Pra eu negar essa minha paixão
Por favor não me deixe perto de nenhum vão
E me carregue enfim com suas mãos
Junto de você...
Ate você....
Com você...
Amo você...

Assim estou também: É saber e ter consciência do que é seu porto seguro, mas de uma hora pra outra, ver a agua subir rapido demais, descontrolada, e não encontrar nenhuma boia ao redor pra salva-la. É se ver perdida, onde milhões a aplaudem mas nenhum a entende, onde milhões a vêem mas nenhum a exerga e onde há milhões ao redor mas ainda assim ela se sente só.

Dó, admiração. Vontade de proteger, de abraçar ou simplesmente a esconder; ajuda-la a fugir. Querer fugir mas sem ter pra onde ir (ou saber se quer mesmo ter pra onde ir). Cansada. E ainda assim querendo explodir tudo que tem dentro de si. Cansada... Cansado... Só esperando que o tempo passe rapido...

Então ele resolveu finalmente se colocar no lugar dele por completo.
E viu o que significava. Mas não quis aceitar.
Ele sentiu o que significava ter encontrado o unico que poderia não enxergar apenas sua inteligencia, seu corpo, somente suas atitudes. O que não; ao contrario de todo o resto que exigiam dele provas, atos, sempre esperavam, sempre buscavam, sempre mandavam, sempre apontavam, sempre espionavam, poderia apenas aceitar como ele era, suas emoções, seus sentimentos.
Um que poderia não esperar nada dele e ver como ele era, entender tudo pelo que passou e ate talvez sentir o mesmo que ele algumas vezes para poder compartilhar aquilo que ele nem ao menos conseguia compartilhar consigo mesmo, pois machucava. Aquele que o ajudaria a se curar talvez.
Ele sentiu e entendeu isso nele, como era perder o que esteve tão perto de conseguir, o que quase teve. Por ver este, se tornar aos poucos como todos os outros, ou achar isso ao menos.
Em meio a isso, tentar crescer e esquecer o que viu, ouviu, sentiu, chorou e sofreu.
Mesmo sabendo que no fundo jamais podera esquecer ou mudar totalmente. Mas ao menos tentar. Se permitir.
Sim ele viu isso nele.
Então parado ao som de um poema canção que ha tempos o levava a lagrimas ele percebeu duas coisas:
Primeira: todos os genios, ou todos aqueles que não são daqui, morrem cedo, por um motivo; eles não resistem a humanidade excessiva. São corpos humanos, mentes humanas, mas não são sentimentos e essência, sentidos humanos. Isso não. E por não poderem ser quem são, mesmo que isso signifique estar sempre em busca disso, eles caem e partem cedo. Talvez finalmente pro lugar a que deveriam sempre ter estado.
Segundo: Ele era covarde.
E com essa constatação ele chorou. Não pelos motivos de antes, mas por saber que sim, genios e todos aqueles poucos e raros que não são daqui partem cedo. E ele esta a cada dia partindo, não por não resistir como aquele que dizia "ser exagerado" ou aquela do "My baby", mas por ser covarde e não querer aceitar o que esta a sua frente.
Não é o passado que assombra, é o presente que insiste em oculta-lo cada vez mais, ate o dia em que acabamos assim como a morte temendo aquilo que desconhecemos, aquilo tudo que não vemos. Por isso o passado assusta tanto. Pois o acultamos a tanto tempo que a simples perspectiva de re-lembra-lo ou enfrenta-lo nos faz tremer. Pois ja nem o reconhecemos mais.
Covarde por não aceitar que pela primeira vez na vida ele não esta mais só. Isso assusta pois aceitar isso seria ter que aceitar que ele não é unico e não poder justificar mais seus atos e convicções pelo simples fato de não ser daqui.
Covarde por não querer aceitar isso, e se sabotar a cada dia querendo (apesar de dizer ao contrario) se afastar do que é e sempre sera "o diferente". A excessão.
Coloca desculpas de que não quer romper laços (que ele mesmo esta quebrando), não querer que nada piore mais do que ja esta (pelos mesmos motivos; os laços novamente). Covarde por não querer enxergar que não importa qual laço seja este, quão diferente este seja, as mudanças acontecem, mas laços não se rompem, as vezes se desfazem mas jamais rompem, e quando se desfazem basta alguem tornar a junta-los.
Covarde por não aceitar aquilo que lhe é oferecido, por achar que um pode aniquilar o outro. Por achar que não é possivel. Por achar que é mais facil voltar e se conformar com o que era (solitario) sem nem ao mesmo tentar abrir os olhos e pela primeira vez em anos se permitir sentir as coisas ao seu redor e não apenas pensar e tomar decisões. Apenas sentir.
E covarde por não perceber que apesar de dizer que mudou, que cresceu, na verdade continua a ser aquele de uns tempos atras: Provando... Se permitindo desafiar e provando que é capaz, que pode, ou que não é; sempre.
E então ele secou as lagrimas e sentiu.

*Esses foram os trechos que me fizeram ir em busca daquele que pensava estar perdendo.

"Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência..." (...)

"Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?"
(...)
"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara"
(...)
"A vida não pára..."

Nota: Não é natural eu postar contos aqui. Porem como conseguiram me convencer de que este esta passavel, resolvi postar em algum lugar. E como Realidade Utopica é o mundo onde não há regras; ai esta.

PS: Não editei e não revisei; os poucos que leram antes de eu postar aqui, leram dessa forma, com digitação e pontuações inadequadas e assim vieram parar aqui; da mesma forma.

Reflexões De Um Fudido Filho Da Puta

Começou num quarto de hotel.
A luz estava muito branco. Puta que pariu, não não vou começar assim.
"Quero te romper em duas sua vadia, isso geme, isso, isso..ahh..." - foi meu ultimo pensamento após o gozo.
Mandei ela se vestir e dar o fora. Nem abri os olhos quando ela protrestou e pediu seu dinheiro. Como qualquer um, só importava o custo. Mandei ela ir ate a escrivaninha e pegar a porra dos 20 reais.
Acendi um cigarro ainda pelado, deitado na cama e traguei, enquanto a loira de peitos caidos saia do quarto, batendo a porta.
O quarto era fedorento. Mas eu não tomava banho a mais de dois dias, e aqula meretriz também não aparentava se banhar com freguencia. Que me importa. Fodas são sujas, por que aquela deveria ser diferente.
O lance é meter, gozar , fumar e partir pra outra. A vida é assim tambem, nos fode, nos mete em cada merda, depois goza conosco, aqueles que riem a nossas custas, aqueles que são felizes com seus momentos de dor e depois fumam nossas almas feito filtros brancos, inocentes, mas que corrorem cada um, a cada tragada; e assim que viramos fumaças ou cadaveres num caixão podre qualquer, partem pra outra vida, aquelas que passam nove meses mergulhadas sem saber que já nasceram sendo fudidos.
Me casei aos 19 anos de idade e me arrependo, não pela merda que foi. Mas pelas outras merdas que perdi durante esse tempo. Foram 6 anos. Daí a desgraçada resolve tomar um tubo de drogas e se jogar do quinto andar do meu apartamento. Porra pra que gastar a bagaça do meu dinheiro com as porras dos remedios se no fim ela resolveu estourar os miolos na calçada do leblon?
Não tive filhos, pois acho que nenhum ser merece ser puxado pra essa grande bola de sacos de merda que nos encontramos. Aqueles que assim como eu ou você que estamos aqui somos uns infelizes, se posso evitar de fazer mais um infeliz, o faço com gosto e sem culpa.
Alguns dizem que sou pessimista demais que so vejo o lado ruim das coisas. Não acho isso.
Só acho que é no escuro que a luz se apresenta mais forte, claro e que é no frio que o calor é mais quente. Loucura? Quem disse que não.
6:15hrs da manhã. Banho e correr pro trabalho que nunca quis.
Limpo cenas de crimes. Não ilegamente, mas tentei, seria mais emocionante, menos maçante.
Não sou da policia e nem do trafico, mas tambem não sou o perfeito cidadão assalariado, crente, fofoqueiro e alienado. Quem dera poder ser.
Limpo o sangue seco de banheiros cheios de vomitos pelo centro de São Paulo(me mudei pra sampa apos o suicidio de Vania), com uma escova minuscula limpo rastros de gritos, dores, sofrimentos ou mesmo momentos de prazer mal calculados.
As vezes me pego pensando enquanto jogo mais um balde de agua, mais suja que a anterior; quais segredos, se desenrolaram por sobre aquele chão, aquelas paredes, aqueles estofados, aqueles carpetes, antes do sangue vir, antes de algum sortudo poder deixar essa maldita vida, gozando do prazer de saber que um idiota qualquer - eu - estaria pouco depois limpando suas sobras, parte de suas sujeiras. E ate quase visceral e morbidamente ironico pensar que só apos a morte algumas pessoas conseguem se fazer valer. Porque mesmo aquele sem nome morto a horas na rua, sem papel, sem familia, sem sexo a anos, uma hora ou outra sera pego por alguem que tera que carrega-lo e limpar o fedor que ele deixou pra tras, sua carniça(assim como todos que o rejeitaram, que nunca o viram, tambem tendo que sentir seus odores). É Curioso.
Ultimamente as coisas tem sido estranhas.
Nem sei quantas horas, anos talvez perdi em garrafas e copos de alcool.
É sempre a mesma rotina: acordar, barbear, mijar, ficar de pau duro e correr pro banheiro pra mais uma punheta pensando em alguma vagabunda lambendo meu saco e gemendo.
Trabalho, risos e sair pra beber. Uma, duas, tres, nove cervejas e algumas tequilas; vodkas tambem ou a pura cachaça, a pinga.
voltar pra casa achando que sou o lixo inreciclavel do mundo, ou partir com dez reais no bolso e caçar uma vadia qualquer gosrda na esquina e foder ate amanhecer pra me sentir o comedor do planeta que só nos come.
Isso é normal. Mas o que ta sendo estranho são os foda-ses da vida. O coração que ja devia ter parado assim como o rim, continua aqui fazendo esse barulho infernal. Mas qual a bebida que o coração filtra? Me diga aí que corro agora pro primeiro boteco que ver aberto e ainda lhe convido pra uma dose dupla por minha conta e uma trepada com alguma vagaba(ou comigo se você for meu tipo).
Meu espelho ta quebrado a algum tempo. Nem me importo, alias, nem meu o espelho é. É do quarto de hotel ao qual habito a algumas semanas.
O quarto ainda fede, ou sera que sou eu?
Muitas vezes as pessoas, aqueles infelizes desgraçados que andam, comem, casam e assistem a tv pra saber qual o proximo eliminado da vez, olham pra mim e dizem: lá vai o vagabundo, mal-carater. Ou simplesmente viram a cara. Nem me importo. Foda-se. Morrer em vida pra mim não tem graça, qual o prazer de ficar sentado babando na poltrona enquanto o filme passa? Não. Eu prefiro aqueles poucos que levantam, saem pra cagar, comprar pipoca ou fumar um baseado e ainda voltar a tempo de vaiar o ator viado que fingi comer a gostosa siliconada e rasgar a tela de exibição sem aplaudir e ainda pedir meu dinheiro de volta pra comprar uma garrafa de curuaçu.
Se é pra morrer, morra em morte, não em vida, por mais maldita que ela seja, se ta aqui é pra ser vivida, nem que você se foda, espere ela gozar e depois troque de posição e meta você ate arrebendar com a vagina ou com o cu da desgraçada.
Um dia escreveram livros sobre mim, um dia farão filmes, series e criaram fã clubes sobre cada coisa que escrevo. E sabe o que isso significara? Nada! Sim nada!
Porque as balas perdidas não esperam ser rotuladas e nem percebidas, só querem acertar aquilo que não foi seu alvo primario. Só isso. Sou essa bala.
Meu alvo primario? Vou saber porra! E Nem to preocupado em saber.
Que me interessa é essa hora que não passa.
A prostituta acabou de sair(uma negra com uma bunda enorme, provavelmente uma trans) e meu pau ja ta dando sinal de vida de novo.
Alias, é bem capaz que fosse um viado mesmo. Nunca tive problemas com viados. pelo contrario. Sempre preferi foder com um gayzinho apertado do que com uma menininha fresca por ai. Se sou gay? Se sou Bi? Nada disso e tudo isso. Curto transar e aquele que me fizer gozar então sera infeliz de me ver meter em si.
Amor pra mim não existe. Nem o de mãe nem o de pai. Há respeito e tudo o mais. Mas amor? Sei lá, nunca parei para pensar nesse aí que dizem ser a dor mais essencial, e a felicidade mais dolorosa.
Não falo de amor aqui por aqui não há espaço para desconhecidos. Se não conheço, se apresente e falo na cara se curti você ou não. Não quer se apresentar, que se dane.
Bem assim.
Alguns chocam-se com minha sinceridade(brutalidade) com que falo(escrevo) e vivo. Prestem atenção em seus sonhos, vejam os videos de pornagrafia escondidos por senhas em seus computadores, prestem atenção no que pensam ao se masturbarem, no que falam quando bebem ou numa partida de futebol. Teto de vidro meus caros companheiros de sina...Teto de vidro...
É o cigarro ta acabando e vou ter que ir comprar mais um maço.
O quarto ainda ta fedendo. Talvez amanhã eu limpe ele, depois do banho, do barbear, da punheta...
Opa! Uma dor no peito, bem na hora que eu ia me levantar..
Alarme falso, nada demais, apenas a bituca do penultimo cigarro que estava ainda acesso ue queimou meu peito nu ao deitar-me novamente de bruços.
Não sera dessa vez que comprarei a champagne pra comemorar minha saida do palco. É.
Mijar, colocar qualquer trapo no corpo e sair.
30 reais no bolso...Talvez volte com uma puta asiatica dessa vez... Ano das tecnologias ne...

É cura, é raça, é desejo, é volupia, é sanidade
É vontade, é prazer, é "com licença", é "eu te adoro",é "tudo esta bem"
É felicidade latente, é incoerente, é o que se sente, rente, em frente
É vontade, saudade, é igualdade
É perfeição, é maldição, é lagrima de um, é sorriso de outro
É dor, é magoa, é alegria, orgulho,é emoção
É satisfação, sensação, tensão, tesão
É carnal, é animal, é totalmente ficcional
astral, medieval, anormal, banal, é surpresa, é carnaval
É agua com sal na face vinda dos olhos
É briga, é odio, é discusão
É cansaço, é decepção
É irritação, é não querer ver, ouvir, ler, falar
É sentir vontade, é se enganar
É necessidade, é algo sem explicação
É assim que vejo o amor;
É pesado e leve, alternando-se no meu cansado coração...

Tiro! A bala dispara, percorre o tempo e a distancia para por fim atingir o seu alvo, a sua mira.
Pensando como nunca deixarei de fazer, percebi que por mais lirico que pareça eu realmente não sei quem sou.
Assisti um filme que com seu humor, poesia, realismo, simplicidade, despretensão, qualidade, leveza e beleza alem de sensibilidade, me mostraram que a vida é muita mais que escolhas, é coragem e um pouco de determinação e força.
Sim podem parecer filosofias de buteco(mas porque iso as faz desmerecer) ou repetitivas, mas nesse caso não são.
O Filme em questão faço questão de citar e recomendar pra ontem: O Primeiro Que Disse (Mini Vaganti) do diretor Ferzan Ozpetek.
O filme em sintese fala sobre as situações e decisões que somos obrigados a fazer, por tudo e por todos e quase sempre menos por nós mesmos.(trailer abaixo):

Mas profundamente ainda ele cita: "São aqueles que erram que sabem viver, não porque depois do erro aprendem com eles e acertam, mas porque aqueles que erram e assim arriscam o que já é certo, são felizes por se permiterem ser livres pra errar o voo certo da vida." Reflitam e entenderão, a premissa.
Quando a avó do protagonista diz que ele precisa ter coragem de ser quem é, sem se importar com ninguem alem de sua alma e seu coração, o filme e minha vida ali naquela sala de cinema virarão, pra me mostrar o que eu nunca entendi. Que sou feito de carne, sangue, coração e mente. E que minha vida inteira fui o filho que meu pai sempre quis. Que fui o bom moço que minha mãe sempre desejou. Fui a mão para aqueles que caiam e que queriam que eu fosse a mão. Sempre obedeci as regras apesar de não aceitalas, sempre fiz o "correto" apesar de não entende-los. Escolhi o caminho de ser para todos o melhor amigo, mesmo quando eu não queria de fato o ser. Sempre, sempre e sempre, as pessoas ao meu redor me diziam o que fazer e como fazer e mais que isso o quando fazer e eu sempre por mais que relutasse, cedia.
Quantas vezes não quis mandar todos pro inferno? Quantas vezes não quis fugir.. Dizer: Te amo porra, pro inferno o resto! Quantas vezes não quis mudar de direção, gritar, madar, castigar, bater, surrar, magoar, empurrar, fingir que não vi, mostrar que não me importo, ligar o foda-se eterno e mandar se danar todo o resto.
Sempre.
Mas nunca o fiz. Porque? Por estar presso e não ter coragem de me soltar.
Esse filme me fez reavaliar isso.
Quando a avó do protagonista ainda encanta em sua sabedoria ao dizer a realidade da vida: "Os amores impossiveis todo mundo tem. Apenas uma vez em toda a vida. E esses não somem, não passam e não podem ser esquecidos. Pois os amores impossiveis são eternos e jamis esquecidos. Não podem, pois são verdadeiros."
Em meio a lagrimas, vi a cena mais linda e marcante da minha vida ali na tela: O protagonista sentado sobre a areia, observando sua melhor amiga e seu namorado. As duas almas que faziam seu coração bater mesmo sem serem de sua familia de sangue.
Com o olhar triste perdido no mar a sua frente, ele comtempla a garota perfeita, que o entende que ele ama, mas que jamais podera ter, porque sabe que não pode, a regra da vida, uma vez que seu coração resolveu bater por outro genero (ali o que impede é a opção sexual dele).
Em seguida na mesma praia, ele esta com seu amor, seu namorado, rindo, feliz, e então ela, a amiga apaixonada, observa com tristeza no olhar e um sorriso (triste) mas ainda assim sorriso, seu amor impossivel. Triste por não te-lo e saber que jamais poderia ter, mas ainda assim tristemente feliz, por ve-lo tão feliz.
Amores impossiveis... Eternos...
Outra citação o protagonista que faz: não devemos ter medo da despedida, pois a perda não existe, aquilo que se ama e é importante nunca vai embora, porque tudo aquilo que nos marca e nos faz viver jamais morre, mesmo longe, não importa, uma vez dentro de si, nada nem ninguem pode retirar.
Simplesmente lindo.
Outra parte do filme me ensinou... Me mostrou que sou uma bala perdida. Que disparo sem alvo certo, que todos ao meu redor são miras indefinidas e que tudo que faço pode atingir alguem. Por isso tenho que tomar cuidado. Mas não esquecer que por ser uma bala perdida ninguem me comanda e que é um erro eu tentar deixar me comandarem ou alguem tentar me direcionar. Porque se tentar quem acabara ferido sou eu, e as pessoas ao meu redor - Os alvos.
Em suma vi que tenho muito que aprender, tenho tanto a descobrir, tanto a bater, construir, acariciar, me permitir. Venci um medo que precisa esperar um outro medo cair para se tornar algo. Sei que vou continuar errando, me arrependendo, sofrendo em silencio, calado...mas tambem sei que posso e devo gritar e agir bradando. Ja passou da hora de eu ser mundo e não apenas estar nele. Ja passou do tempo de eu ser carregado e deixar de ser a mão sempre. Com isso não digo que deixarei de ser quem sou. Isso porque esse sempre existiu aqui dentro de mim, so que ele esta adormecido a tempo demais.
O despertador toca...

A Vida Não Pára
Quando o rosto vira pedra d'agua
Quando as risadas viram lágrimas
E as conversas se tornam só palavras
Sem sentido e sem emoção pra mais nada
Vemos a vida diante de uma vala...
E quando tudo era o jeito
Mas o tempo impediu
Quando o perfeito é o imperfeito
Que nos uniu
É porque a vida enaltece
Quando nenhuma demonstração
É alcançada
E o destino parece uma piada
O tempo perdido é a escolha errada
O coração dispara...
Vemos a vida diante de uma escura vala
Parada, onde a vida enaltece
O coração dispara e pede calma
O silêncio não fala...
Será que é assim um quase nada
Que anda e fere sem medir pesadas?
Ou um muro sem escaladas?
A vida não pára...

É o modo de andar...
São as caretas ao tentar entender alguem
É o olhar vago ao decifrar e tomar uma decisão
É a infância jamais deixada pra trás
O sorriso torto...
O olhar acima da cabeça
O dizer palavrão para se sentir o que já é
É a defesa, fazer-se escudo a quem ama
São os argumentos e a risada contra a vontade ao ser pego na mentira
É a ironia e as meias palavras
São os "inferno"'s
O queixo erguido
O modo crianção de ser - as vezes
O modo adulto e controlado demais - sempre
São os atos que fazem os outros rirem
O jeito que faz cada pessoa se sentir unica e importante
As risadas, com direito a mão tampando os olhos queando bebe demais
As mão asperas e o corpo desengonzadamente quente
A impulsividade incapaz de conter uma mascara
A confiança total nas pessoas apesar de nagar
O modo como dobra as pernas e beija o travesseiro no meio do sono
A incapacidade de se ver sozinho ou sem interagir com alguem
A timidez exagerada camuflada com a segurança
A fome anormal e a modestia descontrolada
A capacidade de retroceder anos com apenas algumas lagrimas
A maneira de achar que é menos do que realmente é...
É o modo de caminhar... O modo de olhar...

Realmente devo ser de outro planeta. Outro tempo. Outra dimensão. Outro universo. Outro lado.
Não passo de um errante. Não que eu só erre, mas errante no sentido de sempre "incertar" os alvos, as casas, os muros, as lajes, as pedras, os caminhos.
Crio meu proprio vocabulário para tentar expressar aquilo que é único em mim. Aquilo que não existe no mundo físico. Que outros dizem ser besteiras e não passar de fases.
Confusão.
Mesmo assim palavras se dispersam, se misturam, se mesclam, se mutuam e quando chegam ao papel, jã não são as mesmas de quando estavam aqui em mim. E depois de um tempo não são lidas e assimiladas da mesma forma que chegaram ao papel nem como originalmente estavam em mim. Isso porque o caminho muda tudo. A essência permanece mas o resto muda.
Assim vou me modificando sem saber pra que lado vou, sem saber como chegarei ao papel e como serei visto.
Mas sinto falta... Não; sinto medo. Medo por eu conseguir enxergar tanto aos outros mas eles nunca me enxergarem. Já tentei me mostrar, mas eles parecem não me ver.
Os olhos estão em mim, assim como o coração, mas não estão sobre mim.
Mas não é culpa Deles. Afinal sou eu que não sou daqui.
Talvez eu precise da picada da cobra...Talvez ja tenha chegado a hora...Talvez...

Desabafo

Preciso gritar, preciso explicar, me fazer entender, preciso de tanto e não sei nada. Como buscar naquele que é o reponsavel pela sua desetabilização a palavra de calmaria... Por mais que saiba que ela é a unica capaz disso.?
Ah gritar; sopro apneia falta de ar.
E mais uma vez aquelas lagrimas perecem ter evaporado e ninguem viu. Ninguem viu.
Preciso da mão pra me amparar... Mas essas são as mesmas mãos que me empurrão...
Grito!!!! E todos tampam os ouvidos...

Realidade Utópica no Face

Featured Posts

Utópicos

Contact Us

Utopicos ate o momento

Arquivos

Fronteiras

On Line

Curta Realidade Utópica

Atalho do Facebook

Popular Posts

Instagram

Facebook